Breeze Airways encomenda mais 20 aviões Airbus A220 por 1.530 milhões de euros
A nova encomenda soma-se a “um pedido anterior de 60” aviões, segundo um comunicado citado pela Bloomberg, sendo que o modelo de avião será "feito sob medida", podendo incluir até 160 lugares.
A companhia aérea Breeze Airways, fundada por David Neeleman, encomendou mais 20 aviões Airbus A220-300 para reforçar a sua frota, avaliados em 1.800 milhões de dólares (1.530 milhões de euros), revelou esta segunda-feira a empresa em comunicado.
A nova encomenda soma-se a “um pedido anterior de 60” aviões, refere um comunicado citado pela agência financeira Bloomberg, salientando que o modelo de avião será “feito sob medida”, podendo ir até aos 160 lugares.
Este avião fabricado pela Airbus tem um valor contabilístico de 91,5 milhões de dólares, pelo que a avaliação dos 20 aviões adicionais rondará os 1.800 milhões de dólares, apesar de as companhias aéreas terem habitualmente descontos no preço das encomendas em função da do número de aviões.
David Neeleman, antigo acionista da TAP, iniciou em maio deste ano as operações com a Breeze Airways, a sua nova companhia aérea nos Estados Unidos.
Atualmente oferece rotas entre 16 cidades norte-americanas do Centro-Oeste à Costa Leste, através de 13 aviões regionais da Embraer, sendo que os Airbus A220 lhe vão permitir fazer não só rotas domésticas mais longas, como rotas internacionais.
David Neeleman disse, numa entrevista citada pela Bloomberg, que se trata de um avião “muito procurado”, lembrando que se a companhia “esperasse muito mais, potencialmente não seria capaz de continuar a trajetória que tem tido mensalmente”.
A Breeze Airways vai receber o primeiro A220 em 26 de outubro, tendo quatro destes aparelhos quando os voos se iniciarem com os Airbus no segundo trimestre de 2022.
Por outro lado, a companhia aérea irá anunciar as rotas dos seus Airbus A220 no início do próximo ano, incluindo os primeiros voos internacionais, segundo a Bloomberg.
O avião da Airbus é “feito sob medida”, permitindo que a Breeze “ligue pontos distantes que antes não eram lucrativos ou, em alguns casos, impossíveis”, refere C. Jeffrey Knittel, presidente e CEO da Airbus Americas, citado no comunicado.
A companhia Breeze Airwais captou recentemente 200 milhões de dólares numa segunda ronda de investimento para financiar a sua expansão em que se incluirão investidores como a Blackrock, Knighthead Capital Management, Peterson Partners e a Sandlot Partners.
“Como outras companhias aéreas nos Estados Unidos, a Breeze Airways registou uma desaceleração no tráfego aéreo devido à expansão da variante delta do novo coronavírus”, afirmou Neeleman, sublinhando, que “as reservas de férias para novembro e dezembro são boas, até agora”.
A transportadora vai, entretanto, ter quatro aviões dedicadas a voos ‘charter’ neste inverno, um número que Neeleman espera aumentar para 15 ou 20, atendendo ao negócio “muito lucrativo” do transporte, nomeadamente de equipas de desporto universitário e outras.
Neeleman, fundador e presidente-executivo da Breeze Airways, foi acionista na Azul, JetBlue, Westjet e Morris Air.
Além disso, foi acionista da companhia aérea portuguesa da TAP, tendo saído em outubro de 2020 e recebido, por isso, 55 milhões de euros.
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