TAP prestes a fechar com novo CEO. Acionistas aprovam dia 24 de junho
Acionistas da companhia aérea preparam-se para eleger órgãos sociais, no qual irá ser incluído o novo CEO e o novo representante dos trabalhadores. O mandato passa de três para quatro anos.
Já há data para a eleição dos órgãos sociais da TAP para o mandato que se iniciou em janeiro. Com seis meses de atraso devido ao plano de reestruturação da companhia aérea, a assembleia geral (AG) de acionistas está marcada para as 15 horas de dia 24 de junho, de acordo com a convocatória a que o ECO teve acesso. Nessa altura, o nome do novo CEO já estará fechado.
“Deliberar sobre a eleição dos membros dos órgãos e corpos sociais para o quadriénio 2021-2024” é o sexto ponto na ordem dos trabalhos da AG que não enfrentará qualquer dificuldade em aprovar o que quer que seja dado que o Estado detém direta e indiretamente a quase totalidade do capital. O novo mandato vai trazer várias alterações para a gestão da empresa, a começar pela escolha do CEO.
Após a destituição de Antonoaldo Neves com a saída do acionista privado David Neeleman, o diretor de operações Ramiro Sequeira foi nomeado para o cargo de forma interina. O Governo sempre disse que o novo CEO só será conhecido após o plano de reestruturação da companhia aérea ter aprovação da Comissão Europeia e o atraso no “ok” de Bruxelas tem prolongado o processo de escolha.
Chegou a estar em cima da mesa o nome do alemão e antigo CEO da Saudi Arabian Airlines, Jaan Albrecht Binderberger, mas acabou não avançar, como o ECO noticiou. A escolha está, no entanto, prestes a ser conhecida já que o executivo irá integrar o conselho de administração. A lista de escolhidos terá de ser apresentada até 15 dias antes da reunião magna.
Do mandato anterior, já são poucos os administradores em funções. Dos seis membros propostos pelo acionista Estado ficaram apenas o chairman Miguel Frasquilho, Bernardo Trindade e António Gomes de Menezes. Com as várias saídas e mudanças, entraram Ramiro Sequeira, bem como os vogais Alexandra Reis e José Manuel Rodrigues.
Mais recentemente, a 30 de abril, foi nomeada também Maria de Fátima Geada, mas de forma temporária e para colmatar a ausência de administradores. Aliás, esta decisão será ainda votada exatamente neste encontro.
Não se sabe quem irá integrar o novo conselho de administradores, mas terá uma novidade: pela primeira vez será nomeado pelo Estado um elemento escolhido pelos trabalhadores. As candidaturas já estão fechadas — incluindo o nome do economista Ricardo Paes Mamede — e a votação será feita a 3 de junho. Por último, outra mudança é o alargamento do mandato, que passa de três para quatro anos, ou seja, para o período entre 2021 e 2024.
A par dos órgãos sociais, os acionistas vão ainda votar neste encontro os relatórios de gestão e as contas do ano passado, deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados (negativos), fazer a apreciação geral da administração e fiscalização e ser informados da política de remunerações dos membros dos órgãos de administração e fiscalização, aprovada pela Comissão de Vencimentos.
O aumento de capital já realizado será igualmente alvo de votação. Após ter recebido no fim de abril a aprovação de Bruxelas, a TAP já recebeu a compensação de 462 milhões de euros pelas perdas associadas à pandemia e o dinheiro entrou nas contas na forma de um aumento de capital totalmente subscrito pelo acionista Estado, que passou a deter 98% do negócio da aviação.
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