Turismo recupera no verão. Dormidas de residentes 6% acima do nível pré-pandemia
Atividade turística continua abaixo dos níveis pré-pandemia em julho. Ainda assim, verificou-se um crescimento de 6,4% nas dormidas de residentes face a julho de 2019.
O setor do turismo continuou a recuperar em julho, em pleno verão, mas ainda abaixo dos níveis pré-pandemia, mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). As dormidas de residentes puxaram pela atividade turística, numa altura em que estão já acima dos níveis anteriores à Covid-19: face a julho de 2019, registou-se um crescimento de 6,4% nas dormidas de residentes, que contrasta com o decréscimo de 67,6% nas dormidas de não residentes.
“O setor do alojamento turístico registou 1,6 milhões de hóspedes e 4,5 milhões de dormidas em julho de 2021, o que compara com 1 milhão hóspedes e 2,6 milhões de dormidas em julho de 2020″, escreve o gabinete de estatísticas, notando que, face a julho de 2019, o número de hóspedes e de dormidas diminuiu 42,5% e 45%, respetivamente.
Ainda assim, quando se compara com julho de 2019, há uma diferença significativa entre a procura interna e a procura externa. No caso dos turistas residentes, verificou-se um crescimento de 6,4% nas dormidas face a 2019, ao passo que, no caso dos turistas não residentes, a quebra é de 67,6%. Recorde-se que este foi o mês em que o Reino Unido levantou a quarentena para os britânicos vacinados.
Além disso, também os proveitos nos alojamentos turísticos aumentaram face ao ano passado, tendo atingido os 296,9 milhões de euros no total e 223,4 milhões de euros relativamente a aposento. Porém, comparativamente com julho de 2019, os proveitos totais diminuíram 44,5% e os relativos a aposento caíram 46,7%.
A queda nos proveitos de aposento que se observou em julho, face ao mesmo mês de 2019, é explicada pela diminuição das dormidas (-45%), bem como pela diminuição do rendimento médio por quarto, que atingiu os 99,9 euros em julho, segundo o INE.
Madeira, Açores, Algarve e Alentejo com crescimento “expressivo”
Quanto às regiões, as dormidas de residentes aumentaram em todas as regiões. Em julho, o Algarve dominou as preferências dos portugueses, com 34,5% das dormidas, seguindo pelo Norte (15,5%), pela Área Metropolitana de Lisboa (14,6%) e pela Região Autónoma da Madeira (12,1%).
Ainda assim, em julho, o gabinete de estatísticas nota ainda um “crescimento expressivo” das dormidas de residentes, face ao mesmo mês de 2019, na Madeira (+60,2%), Açores (+26,3%), Algarve (+19,3%) e Alentejo (+13,1%). Em contrapartida, “as restantes regiões registaram decréscimos”, sinaliza o INE.
Já no acumulado do ano, isto é, entre janeiro e julho, registou-se um aumento em todas as regiões, com especial destaque em para a Madeira (+136%), Açores (+99,9%) e Algarve (+54,6%). Em contrapartida, verificou-se uma quebra das dormidas de não residentes em todas as regiões, à exceção dos Açores que registaram um crescimento de 31,8%.
(Notícia atualizada pela última vez às 12h13)
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