Quer contratar migrantes, mas tem dúvidas sobre o processo? Este guia promete ajudá-lo

A associação TESE, em parceria com a APG, lançou um guia de boas práticas na contratação de migrantes, com o objetivo de promover a diversidade dentro das organizações. O documento já está disponível.

Posso contratar uma pessoa migrante que está ainda em processo de legalização? O que é necessário? A papelada vai demorar muito tempo? Estas são algumas das questões a que o guia de boas práticas para a contratação de migrantes pretende responder, ajudando as empresas a promoverem uma verdadeira inclusão, bem como a respeitarem a diversidade, desde o momento em que redigem o anúncio de emprego. O documento elaborado pela associação TESE, em parceria com a APG, já está disponível aqui.

“Os profissionais de RH ainda têm pouca formação na parte legal da contratação de migrantes, e esta merece um capítulo central no documento, escrito por advogados, que é de grande utilidade para os profissionais de RH”, diz Sónia Gonçalves, responsável pela coordenação do documento “Boas práticas para o recrutamento, seleção e inclusão de migrantes: Guia para profissionais de gestão de recursos humanos”, professora no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa (ISCSP) e vogal na APG.

O objetivo do guia — que teve por base testemunhos de cinco profissionais de RH de várias organizações portuguesas, de entidades da sociedade civil e de especialistas na área do recrutamento, seleção e integração de migrantes, e resultante do acompanhamento da implementação do projeto “Job Tours”, com focus group com 20 jovens migrantes em Portugal — é sensibilizar e informar os profissionais de gestão de RH sobre esta temática, esclarecendo dúvidas e recomendando boas práticas.

Se, do lado dos empregadores, a componente legal é indicada com sendo a grande barreira na contratação, do lado dos migrantes, as taxas de desemprego mais elevadas, as ocupações profissionais mais precárias e com discrepância remuneratória e as taxas elevadas de sobrequalificação são as principais dificuldades sentidas ao longo dos processos de migração.

Como boas práticas, o guia recomenda a sensibilização de todos na organização, nomeadamente recrutadores, para os enviesamentos; formação nas questões legais; planos e cursos de línguas para a pessoa poder adaptar-se e integrar-se na organização e no próprio país; recrutamento “às cegas”, através do qual informações como idade, sexo, nome e nacionalidade são omitidos; apoio legal, entre outras.

Para já, o guia pode ser descarregado na plataforma Research Gate, mas em breve estará também disponível no site da TESE e também da APG.

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