BRANDS' ECO Com receio de aderir ao contactless? 4 ideias desmistificadas
Apesar de os pagamentos contactless terem aumentado em Portugal, ainda há quem não use este método por medo e insegurança. De seguida, revelamos os mitos mais comuns sobre o contactless.
Desde que a pandemia foi declarada, a adesão ao contactless subiu exponencialmente um pouco por todo o mundo. Portugal foi um dos países onde este crescimento foi mais evidente, com um aumento de 163% nas compras contactless, segundo o Banco de Portugal.
De acordo com um estudo sobre o impacto da COVID-19 no setor dos pagamentos digitais, realizado pela GfK, em dezembro de 2020, a pedido da Visa, 45% dos portugueses entrevistados admitem que limitaram o uso de notas e moedas em loja em favor dos pagamentos digitais, desde o início da pandemia. Os números do estudo demonstram também um aumento inédito dos pagamentos contactless (+48%) em Portugal, mais do que em qualquer outro país analisado no estudo (Espanha, França e Itália).
As medidas de confinamento também acabaram por alterar os hábitos de compra dos portugueses. 65% chegaram mesmo a afirmar que passaram a comprar mais no comércio local desde o primeiro confinamento e garantem que querem continuar a fazê-lo.
Mesmo optando pelo comércio local, mais de metade dos inquiridos do estudo (53%) revelou que as lojas têm agora uma maior predisposição a aceitar pagamentos contactless e, também aqui, Portugal volta a liderar a lista, com 64% dos consumidores a confirmarem que as lojas oferecem as condições necessárias para pagar sem contacto.
A oferta da opção contactless nos estabelecimentos e a crescente adesão a este método de pagamento têm sido significativos. No entanto, apesar dos valores serem positivos, ainda existem muitas pessoas que não aderem ao contactless por medo e insegurança. De seguida, destacamos quatro dos mitos mais comuns.
Mito 1: Tem limite de valor.
O limite de pagamento por contactless sem PIN aumentou de 20 euros para 50 euros, em 29 países da Europa, em resposta à situação pandémica. No entanto, ainda há muitas pessoas que acham que sempre que ultrapassam esse valor têm de introduzir o cartão no TPA, mas isso é um mito.
A verdade é que o contactless não tem limite de pagamento, ou seja, mesmo que o valor a pagar ultrapasse os 50 euros, é possível usar o contactless na mesma. A única diferença é que, nestes casos, é necessário colocar o PIN. No entanto, não precisa de inserir o cartão no TPA, basta encostá-lo à máquina e marcar o código.
Este aumento, de 20 para 50 euros, fez com que a Visa atingisse o marco de mil milhões de pagamentos contactless adicionais em menos de um ano.
Mito 2: É mais fácil aceder aos dados pessoais com o contactless do que com o uso do chip.
Pelo facto de não ser exigido o PIN em pagamentos até 50 euros, há quem considere que as transações por contactless são menos seguras do que as transações em que se introduz o cartão na máquina. Mas essa ideia está errada por uma simples razão: quer a transação por contactless, quer a transação com o chip baseiam-se exatamente na mesma segurança e beneficiam das mesmas proteções.
Os detalhes de pagamentos contactless são todos encriptados pelo chip incorporado em cada cartão, de modo a que só possam ser utilizados por um terminal de pagamento aprovado pela Visa. Este é o mesmo chip que é utilizado para uma transação com chip e PIN.
A acrescentar a isso está o facto de o chip nos cartões contactless criar códigos eletrónicos únicos, que só podem ser utilizados uma única vez, para um único pagamento e num único comerciante. Isso faz com que, após um certo número de utilizações, seja pedido o PIN, a fim de verificar se a pessoa que está a usar o cartão é, de facto, o proprietário.
Mito 3: Terminal pode ler o cartão, mesmo que ele esteja no bolso.
Este é outro mito que pode afastar as pessoas de aderir ao contactless, pelo medo que têm de que, mesmo tendo o cartão longe do TPA, este possa realizar o pagamento, uma vez que é “sem contacto”. Contudo, isso não é possível.
O alcance maior do leitor de pagamento são 4 centímetros. Por isso, sempre que o cartão estiver a uma distância maior do que 4 centímetros do TPA, a máquina não consegue ler o cartão e, assim, o pagamento não é realizado. Pode ter o cartão contactless no bolso sem receio de uma transação indevida.
Mito 4: Uso de contactless está mais sujeito a roubo ou fraude.
Sustentado por todos os mitos anteriores, este acaba por ser o maior medo de quem prefere continuar a fazer pagamentos sem contactless. Tratando-se de um cartão em que é permitido pagar sem introdução de PIN até 50 euros, julga-se que, em caso de roubo ou perda, existe maior facilidade na utilização indevida do cartão, uma vez que não vai pedir código. Mas não é bem assim.
O cartão contactless, mesmo não tendo sido perdido ou roubado, só pode ser utilizado um certo número de vezes, especificado por cada banco, antes de ser exigido um PIN. Esse PIN só é conhecido pelo proprietário e, uma vez pedido, não deixa que se efetuem mais transações contactless sem que o código seja colocado.
Contudo, há ainda a preocupação sobre o dinheiro que pode ser gasto sem PIN até atingir o limite de transações contactless. Nesses casos, a Visa exige que os bancos investiguem quaisquer transações invulgares e, caso tenha havido roubo, o valor deverá ser reembolsado pelo banco.
Os benefícios do contactless são, por isso, maiores do que os riscos que corre ao usar este método de pagamento. Além de ser seguro do ponto de vista dos dados, atualmente, com a pandemia, também oferece uma maior segurança no que diz respeito à saúde, uma vez que permite pagar as compras sem ter de tocar no TPA.
Se, ainda assim, continuar com dúvidas sobre o uso do contactless, informe-se junto do seu banco ou visite o site da Visa onde encontra informações completas sobre os diferentes tipos de pagamentos, entre eles, contactless.
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