Genéricos pouparam 327 milhões ao Estado e famílias este ano

Até setembro deste ano, os medicamentos genéricos vendidos nas farmácias permitiram uma poupança de 327 milhões de euros ao Estado e às famílias portuguesas.

Os medicamentos genéricos vendidos nas farmácias permitiram uma poupança de 327 milhões de euros ao Estado e às famílias portuguesas até setembro, segundo os dados do contador online criado pela APOGEN – Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares e pela Associação Nacional de Farmácias (ANF).

Esta estimativa consta no “Estudo de perceção sobre medicamentos Genéricos em Portugal”, realizado pela GfK Metris para a APOGEN e que foi divulgado esta quarta-feira, com o intuito de retratar o panorama destes medicamentos em território nacional.

Segundo esta associação, só em 2020 os medicamentos genéricos geraram uma poupança recorde de mais de 462 milhões de euros às famílias e ao Estado, o que permitiu “alocar mais recursos de forma eficiente no Sistema Nacional de Saúde”.

Numa análise mais fina, o documento revela ainda que no espaço de nove anos, entre 2011 e 2022, os genéricos geraram poupanças superiores a quatro mil milhões de euros.

Cinco em cada dez utentes utilizam genéricos

Os medicamentos genéricos estão no mercado nacional há mais de 20 anos e a verdade é que são cada vez mais uma preferência quer para os utentes, quer para os profissionais de saúde. Segundo este estudo, 85% dos utentes inquiridos considera a sua existência como “positiva” ou “muito positiva” e 15% dizem que não optam pela sua utilização.

Ao mesmo tempo, também oito em cada dez médicos de medicina geral e familiar (80%) consideram a sua existência como “positiva” ou “muito positiva”, ao passo que no que toca aos farmacêuticos quase a totalidade (96%) recomendam esta solução, sendo que apenas 4% admitem recomendar a utilização de genéricos apenas quando os utentes pedem opinião.

Entre as vantagens apontadas pelos farmacêuticos no que toca à utilização de medicamentos genéricos está o preço, na medida em que os profissionais de saúde consideram que estes medicamentos são equiparados às marcas de referência, bem como a rentabilidade para as farmácias. Não obstante, os farmacêuticos queixam-se de que existem várias marcas e flutuação de preços.

Quanto às quotas de mercado, os medicamentos genéricos representam quase metade (49%) da totalidade dos medicamentos vendidos em território nacional. Contas feitas, cinco em cada 10 portugueses beneficiam desta utilização. Não obstante, a presidente da APOGEN defende que é preciso aumentar esta fasquia para que “no mínimo seis em cada dez utentes” possam beneficiar destes medicamentos.

“Considerando que, no caso nacional, as despesas das famílias, em relação à saúde, são das mais altas na Europa, a evolução da quota dos medicamentos genéricos representa uma oportunidade em crescimento, já que a sua elevada adesão espelha um importante indicador de desenvolvimento social”, sublinha Maria do Carmo Neves, citada em comunicado.

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