Este Honda “e” diferente

Estilo retro-futurista atrai muitos olhares. E a ausência de espelhos retrovisores causa estranheza a quem o vê, mas não quando se conduz.

Poucos automóveis têm a capacidade de nos fazer ficar com um torcicolo. Maior parte das vezes, passam por nós na estrada e nem os vemos. Vemos, mas não ligamos. É mais um… A exceção vai para aqueles desportivos que de tão raros, chamam à atenção do nosso olhar. Ou então, quando vemos efetivamente algo de diferente a cruzar o nosso olhar. E, com a devida vénia, a Honda conseguiu fazer exatamente isso com um… pequeno citadino.

Não traz nenhum ronco “daqueles”. Nada disso. Aliás, nada mesmo. Não há qualquer barulho já que o Honda e é elétrico. O que nos “obriga” a reparar nele é mesmo o look totalmente diferente de todos os outros modelos de quatro rodas. É um automóvel futurista, cheio de estilo. Uma reinterpretação do N 600 que faz rodar pescoços por onde passa. E quando estacionado, é um desbloqueador de conversa.

2020 Honda e

“Já viste”, diz uma para a outra com ar de espanto… “é um Honda. Está muito giro!”. Duas amigas, uma delas cliente da marca de longa data, não resistiram a dar umas voltas em volta do pequeno e, sem se aperceberem de que quem tinha a chave no bolso estava logo ali ao lado. Carregamos no botão para abrir o carro, saltam os puxadores das portas dianteiras e, sem querer, pregamos um pequeno susto. “Podem ver. Estejam à vontade…”. E está dado o mote para uma boa conversa improvável entre vizinhos de uma grande cidade.

Sem espelhos, mas muitos ecrãs

“É tão diferente!”. Desde os faróis redondinhos disfarçados numa grelha sem a tradicional… grelha, até à ausência de espelhos retrovisores. “Já viste onde são os espelhos?”, diz uma à outra quando abrimos a porta e ligamos o carro, fazendo acender não um, dois ou três ecrãs, mas cinco! Dois deles, nos extremos do tablier transmitem em tempo real a imagem captada pelas câmaras suspensas em dois spoilers, um de cada lado, colocados onde habitualmente estão os espelhos.

2020 Honda e

É o feature deste Honda e, que não sendo um exclusivo — o Audi e-tron já os usa —, fazem brilhar o citadino nipónico. Seria de pensar que é estranho, mas na realidade é quase natural olhar para os dois pequenos ecrãs enquanto estamos a conduzir. E quando estamos a fazer qualquer manobra, temos outro ecrã que nos permite ver o que se passa na parte de trás. Depois volta ao que se quer ver, seja a estação de todo, seja o mapa para sabermos onde virar ou monitorizar o desempenho do e. Por exemplo, perceber os fluxos de energia. Ou até usar a entrada HDMI para ligar, por exemplo, uma PS5 e aproveitar um dos dois ecrãs de 12,3 polegadas.

Autonomia para a cidade

É diferente. É muito tech por dentro, tal como se percebe por fora, mas a Honda não se esqueceu do conforto e, claro, da qualidade na escolha dos materiais a bordo. O conforto sente-se tanto nos bancos, macios, mas também numa suspensão bem afinada e numa transferência suave da potência do pedal do acelerador para as rodas. Equipado com um motor elétrico de alta potência disponível em duas opções: de 100 kW (136 cv) ou de 113kW (154 cv), o Honda e garante a vitalidade necessária na cidade, não nos deixando ficar mal quando o caminho passa pela autoestrada. Fora do habitat é que a bateria se ressente mais.

“Qual é a autonomia?”, pergunta uma das amigas. São 313 km, na cidade, valor que cai para 220 em WLTP. “Ah… mas isso não é real. Depois quando andamos com o carro não se consegue chegar a esses valores e isso é um problema”, atira. “É preciso mais…”. É, se quisermos utilizar o Honda e para uma viagem mais longa, mas para o dia a dia, para o casa-trabalho-casa, é mais do que suficiente. Consome pouco, por isso é possível carregá-lo só uma vez por semana — 80% em 30 minutos num posto de carregamento rápido —, bastando para isso abrir o “mini capot” recortado no capot. É mais um detalhe que marca a diferença, mas todos estes detalhes valem mais de 36 mil euros?

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