Mais de dois terços dos empréstimos até setembro foram para comprar casa

Peso do rédito para comprar casa nos novos empréstimos a particulares concedidos pela banca até setembro próximo de níveis de 2007. Juros continuam "historicamente baixos" nos 0,8% pelo terceiro mês.

Os pedidos de crédito para comprar casa têm vindo a crescer, representando mais de dois terços dos novos empréstimos a particulares concedidos até setembro. Este é já um peso “próximo ao observado em 2007”, como nota o Banco de Portugal, numa altura em que os juros destes empréstimos estão “historicamente baixos”, fixando-se, pelo terceiro mês consecutivo, em 0,8%.

Em setembro, os bancos concederam, no total, 1.995 milhões de euros de novos empréstimos aos particulares, revelou a instituição liderada por Mário Centeno, esta quarta-feira. Deste montante, 1.331 milhões de euros foram para a habitação, enquanto 437 milhões de euros se destinaram a consumo, e 227 milhões de euros para outros fins.

Já olhando para as empresas, o montante de novos empréstimos concedidos “aumentou 239 milhões de euros, para 2.256 milhões, dos quais 60% corresponderam a empréstimos de montante igual ou inferior a 1 milhão de euros”, adianta o Banco de Portugal.

A taxa de juro média dos empréstimos para as empresas também se mantém em níveis baixos — 2,03% em setembro — apesar de superior a agosto de 2021 (1,91%) e setembro do ano passado (2%).

Quanto aos depósitos de particulares, o montante caiu 224 milhões em setembro, mês em que, tradicionalmente, a constituição de novos depósitos se reduz, como nota o Banco de Portugal, para se fixar nos 3.522 milhões de euros. A taxa de juro média foi de 0,05%.

Já os novos depósitos de empresas atingiram os 856 milhões de euros. Na Zona Euro, “a taxa de juro dos novos depósitos de empresas é negativa desde agosto de 2019 e o diferencial em relação à taxa média em Portugal tem vindo a aumentar”, sinaliza a instituição.

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