Crise das matérias-primas ameaça agravar em 50% preço da roupa

  • ECO
  • 6 Novembro 2021

O aumento dos preços junto dos consumidores vai depender da capacidade das marcas absorverem parte do aumento dos custos de produção esmagando as suas margens de lucro.

O custo de produção do vestuário que vai chegar às lojas a partir do próximo ano sofreu um agravamento de 15 a 50% devido ao aumento do custo da energia, do transporte, das matérias-primas e das interrupções nas cadeias de fornecimento, avança este sábado o Jornal de Notícias (acesso pago).

“Um produto que hoje chega ao consumidor a um preço de 50 euros, com facilidade vai começar a chegar, em termos de custo final, entre 15 a 50% mais caro”, diz o presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal. O aumento dos preços junto dos consumidores vai depender da capacidade das marcas absorverem parte do aumento dos custos de produção esmagando as suas margens de lucro, acrescenta ainda Mário Jorge Machado, que no entanto antecipa que isso seja “pouco provável”, e que as coleções de verão vã chegar às lojas “a partir de janeiro e fevereiro” mais caras.

Este agravamento de preços pode comprometer a retoma que o setor vinha a registar depois da pandemia. As exportações estão novamente a crescer e já estão 1,2” acima do melhor ano da pré-pandemia.

Mário Jorge Machado já tinha avançado ao ECO em outubro que já há empresas têxteis a ponderar encerrar portas devido à escalada dos preços da energia. Com os preços do gás natural cinco vezes mais caros e da eletricidade duas vezes mais elevados do que há três meses, muitas empresas deste setor já fazem contas e admitem não conseguir fazer face ao aumento dos encargos energéticos

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