Custo do trabalho cresce 3,8% no terceiro trimestre com recuo do lay-off

Após a descida verificada no segundo trimestre, o custo do trabalho cresceu 3,8% no terceiro trimestre principalmente pela diminuição do recurso ao lay-off em que o Estado pagava parte do salário.

O custo do trabalho aumentou 3,8% em termos homólogos no terceiro trimestre deste ano. Esta subida, após uma queda de 2,7% no segundo trimestre explicada pelo “aumento expressivo” do número de horas trabalhadas”, é explicada pela “diminuição progressiva” das empresas em lay-off dada a retirada das restrições da pandemia. Os dados foram publicados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

“Os custos salariais (por hora efetivamente trabalhada) aumentaram 3,4% e os outros custos (também por hora efetivamente trabalhada) aumentaram 5,3%, em relação ao mesmo período do ano anterior”, nota o gabinete de estatísticas, explicando que foi decisivo o contributo das “contribuições patronais decorrente da diminuição progressiva de empresas abrangidas pelo regime de layoff simplificado no setor privado da economia e da diminuição das horas trabalhadas por trabalhador na Administração Pública“.

A queda do recurso ao lay-off é explicado pela retirada quase total das restrições durante o terceiro trimestre, entre julho e setembro, o que deixou a esmagadora maioria das empresas (e respetivos trabalhadores) ilegíveis para o acesso a esse apoio do Estado. Ao deixarem o lay-off, os patrões passam novamente a ter de pagar a totalidade do salário e de fazer as contribuições para a Segurança Social.

A subida dos custos salariais foi transversal a todos os setores: subida de 4,9% na indústria, de 3,9% na construção e de 1,6% nos serviços. No seu conjunto, as atividades que abrangem, genericamente, o setor privado da economia registaram um aumento de 2,8%, ao passo que as atividades mais ligadas ao setor público (mas não exclusivamente) registaram um aumento de 5,7%.

“A evolução do ICT resultou também da conjugação do acréscimo de 3,0% no custo médio por trabalhador e do decréscimo de 0,7% no número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador“, acrescenta o INE. No que toca ao custo médio por trabalhador, este aumentou “essencialmente devido a acréscimos no salário base, subsídio de férias e prémios e subsídios regulares”, sendo que a subida menor foi no setor público (1,1%). Porém, houve um “decréscimo muito acentuado” no número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador na administração pública (4,1%).

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