Défice pode ficar ligeiramente abaixo dos 4,3% do PIB em 2021, diz Leão

As contas do Ministério das Finanças apontam para um défice em 2021 menor do que o previsto no início de outubro quando entregou o Orçamento de 2022. Já o PIB deverá crescer 4,8%.

O ministro das Finanças mostra-se confiante na evolução das finanças públicas portuguesas. A duas semanas do final do ano, João Leão adianta que o défice orçamental pode ficar “ligeiramente abaixo” da meta de 4,3% do PIB definida no Orçamento do Estado para 2022 (OE 2022). Em entrevista à Reuters publicada esta quinta-feira, o ministro refere ainda que a economia portuguesa não parece estar a ser afetada pela nova vaga da pandemia.

Os 4,3% do PIB previstos no OE2022 já representavam uma redução face aos 4,5% do Programa de Estabilidade, mas é de recordar que o objetivo original do OE2021 era de 4,3%. Após um défice de 5,8% do PIB em 2020, um défice orçamental mais baixo em 2021 face ao previsto, mesmo quando não se esperava a vaga de Covid-19 no início do ano que trouxe custos acrescidos para o Estado, é justificado por uma maior receita fiscal e um mercado de trabalho mais forte do que o esperado.

Depois de uma contração histórica de 8,4%, Governo mantém-se confiante no crescimento do PIB de 4,8% este ano, em linha com o Banco de Portugal, que atualiza as suas projeções esta sexta-feira. “Portugal está claramente numa fase de recuperação e a economia não parecer ter sido afetada pela nova vaga da pandemia. Estamos confiantes de que iremos crescer cerca de 4,8% este ano”, garantiu João Leão. O rácio da dívida pública deve fechar o ano nos 126,9% do PIB, o que é “muito importante para dar confiança e credibilidade” aos investidores, acrescentou.

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