Lufthansa cancela 10% dos voos de inverno devido à Ómicron
A nova vaga de infeções por Covid-19 está a reduzir as reservas em mercados como a Alemanha, Bélgica, Áustria e Suíça, o que levou a transportadora a cancelar 33 mil voos em janeiro e fevereiro.
A Lufthansa só está a operar cerca de 60% dos voos e a transportar perto de metade dos passageiros, em comparação com o nível anterior à pandemia (2019). E o cenário operacional vai piorar no arranque de 2022 devido ao aumento dos contágios provocado pela variante Ómicron.
Confirmando que a companhia aérea alemã está a “sentir uma quebra acentuada nas reservas” que estavam programadas para janeiro e fevereiro, o CEO, Carsten Spohr, anunciou o cancelamento de 33 mil voos, que disse ser o equivalente a 10% dos voos programados para o inverno.
“Acima de tudo, estamos a perder passageiros nos nossos mercados domésticos da Alemanha, Suíça, Áustria e Bélgica porque esses países foram os mais atingidos por esta onda pandémica “, detalhou Spohr durante uma entrevista ao Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung, citada pela AFP.
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Segundo as estimativas publicadas esta quinta-feira pelo Airports Council International Europe (ACI Europe), o tráfego aéreo de passageiros na Europa caiu 20% nas três semanas desde que a África do Sul informou a Organização Mundial de Saúde do aparecimento da variante Ómicron.
Um porta-voz da transportadora que lidera o setor da aviação a nível europeu confirmou também esta quinta-feira que seis voos transatlânticos programados para esta época natalícia já foram cancelados por causa do número de pilotos que estão doentes, interrompendo as ligações a Chicago, Boston ou Washington.
A Lufthansa terminou de pagar em novembro, mesmo antes do prazo programado, o empréstimo de nove mil milhões de euros que tinha recebido do governo alemão. Após 18 meses de prejuízos, a companhia registou no terceiro trimestre deste ano o primeiro resultado operacional positivo desde o início da pandemia.
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