Apenas 9% das empresas têm práticas de segurança informática para proteger equipas remotas

Muitas organizações não têm conseguido acompanhar a evolução tecnológica com soluções que assegurem segurança dos trabalhadores remotos. 26% diz não ter solução para impedir ataques de ransomware.

Apenas 9% das empresas têm em vigor todas as práticas de segurança recomendadas para proteger informaticamente as equipas em trabalho à distância, e 26% diz não ter uma solução para detetar e impedir ataques de ransomware, revela o estudo sobre segurança do trabalho remoto realizado pela Check Point Software Technologies. Um dado preocupante num momento em que se multiplicam os ataques informáticos às empresas, muitas delas com parte, se não a totalidade, das equipas em trabalho remoto.

“Apesar de muitas empresas terem abraçado novos formatos de trabalho, como o trabalho híbrido e/ou remoto, não estão a ser adotadas as soluções críticas necessárias para proteger as equipas remotas. Este estudo confirmou que muitas organizações têm falhas no que toca à segurança dos utilizadores, dos dispositivos e de acesso”, afirma Itai Greenberg, vice president of product management da Check Point Software Technologies.

“Para tapar estas falhas, as organizações devem seguir para uma arquitetura de segurança SASE (Secure Acess Service Edge). Os modelos de segurança SASE oferecem acesso rápido e simples às aplicações das organizações, para qualquer utilizador e dispositivo, protegendo remotamente os trabalhadores de ataques que chegam pela internet”, acrescenta.

De acordo com as práticas recomendas pela tecnológica, há cinco soluções de segurança críticas necessárias para proteger os utilizadores remotos contra ataques com base na internet: filtragem de URL, para evitar o acesso a sites maliciosos; reputação de URL, que avalia o risco de segurança dos endereços; Content Disarm & Reconstruction (CDR), tecnologia que remove código malicioso de ficheiros; uma solução contra ataques de phishing; e proteção de credenciais.

“Contudo, apenas 9% das organizações analisadas usam estas cinco soluções e 11% não utiliza nenhum dos métodos acima mencionados para assegurar a segurança do acesso remoto”, revela o estudo.

Já no que toca à segurança de email e dispositivos móveis, apenas 12% das companhias que permitem acesso às organizações através de dispositivos móveis utilizam uma solução de proteção móvel contra ameaças. “Isto demonstra o quão expostas estão as organizações à rápida evolução dos ciberataques de 5.ª geração contra os trabalhadores remotos”, alerta o fornecedor de soluções de cibersegurança.

De forma geral, em 2021, os investigadores dão conta de um aumento de 50% do número de ataques por semana contra redes empresariais. Em Portugal, o aumento foi de 81% em relação ao ano anterior. “Como os ciberataques estão mais sofisticados e exploram cada vez mais o ambiente de trabalho remoto, as empresas precisam de soluções de cibersegurança consolidadas que fortaleçam as suas defesas e melhorem a agilidade contra estes ataques”, defende a Check Point Software Technologies.

Com a participação de mais 1.200 profissionais de segurança TI de todo o mundo, este estudo pretendeu examinar como a transição para o trabalho remoto tem alterado as práticas de segurança das organizações, dos utilizadores, dos dispositivos e das formas de acesso. O estudo completo pode ser consultado aqui.

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