EDP acrescenta 2,6 GW de capacidade solar e eólica em 2021 e atinge total de 21,3 GW 

  • Lusa
  • 17 Fevereiro 2022

Segundo o presidente executivo, a EDP já atingiu cerca de 75% das metas para 2023, em termos de renováveis, e cerca de 40% das metas até 2025.

A EDP acrescentou 2,6 gigawatts (GW) de capacidade solar e eólica, nos últimos 12 meses, atingindo um total de 21,3 GW de capacidade instalada de renováveis, disse o presidente executivo, em conferência de imprensa sobre os resultados de 2021.

“Tivemos cerca de 2,6 GW de solar e eólica acrescentada em 12 meses”, apontou Miguel Stilwell d’Andrade, sublinhando que alcançar um total de 21,3 GW de capacidade renovável é um “marco importante” para a empresa.

“Fizemos mais no ano passado do que nos últimos dois anos acumulados, […] há um grande ritmo de crescimento”, acrescentou o líder da elétrica.

De acordo com o relatório dos resultados de 2021, a capacidade instalada das renováveis representa 81% da capacidade total da EDP e é, neste momento, o principal responsável crescimento da empresa.

Os 2,6 GW acrescentados nos últimos 12 meses incluem os parques eólicos Indiana Crossroads Wind Farm (302 megawatts (MW)), Reloj del Sol (209 MW), Headwaters II (198 MW), Wildcat Creek (180 MW) e Crossing Trails (104 MW), nos Estados Unidos, Nation Rise no Canada (100 MW), bem como vários projetos solares no Brasil, Estados Unidos e Vietname.

Segundo o presidente executivo, a EDP já atingiu cerca de 75% das metas para 2023, em termos de renováveis, e cerca de 40% das metas até 2025.

Além das renováveis, Miguel Stilwell d’Andrade destacou também a ‘performance’ nas redes e os “ganhos expressivos na rotação de ativos” como pontos positivos dos resultados do ano passado.

Por outro, como pontos negativos o responsável apontou os preços da energia e o período de seca, que ainda se vive.

A EDP teve em 2021 lucros atribuíveis aos acionistas de 657 milhões de euros, uma redução de 18% em termos homólogos, adiantou a empresa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Na nota ao mercado, a empresa adianta que os resultados foram penalizados “por efeitos não recorrentes de 169 milhões de euros em 2021, incluindo imparidades associadas ao portfolio de centrais térmicas no mercado Ibérico”.

Excluindo estes impactos, o resultado líquido recorrente cresceu 6% para 826 milhões de euros, suportado pelo desempenho positivo do negócio global de renováveis, a integração da Viesgo em Espanha e o crescimento das operações de redes de eletricidade no Brasil.

EDP vai investir “cada vez mais” no hidrogénio mas está a analisar projetos

Stilwell disse também que a empresa vai investir “cada vez mais no hidrogénio”, havendo vários projetos em desenvolvimento, mas ainda “na fase mais técnica de análise”.

“Já mostrámos que vamos investir cada vez mais nesta energia, acreditamos que fará parte da descarbonização da economia como um todo”, afirmou Miguel Stilwell d’Andrade, em conferência de imprensa ‘online’ sobre os resultados de 2021.

O responsável disse aos jornalistas que há vários projetos em desenvolvimento, que a EDP acompanha, dos quais muitos em Espanha, mas referiu que a empresa está ainda “na fase mais técnica de análise de como seria o projeto”.

“Esta análise mais técnica terá de ser depois complementada com a parte económica”, acrescentou Stilwell d’Andrade, apontando que há vontade por parte dos governos em alocar parte dos fundos europeus no desenvolvimento deste tipo de tecnologias.

A maior parte dos projetos, referiu, trata-se de descomissionamentos de centrais térmicas, por exemplo, reconvertendo-as em locais de produção de energias renováveis e hidrogénio.

Na apresentação dos resultados de 2020, o presidente executivo da EDP disse que o hidrogénio verde é um tipo de energia que vai “explodir” no decurso da próxima década e que a energética está preparada para tirar vantagem disso, estando já a analisar 20 projetos.

De acordo com o plano estratégico, a EDP quer ter mais 50 gigawatt (GW) em energia limpa até 2030, passando de uma produção renovável atual de 74% para 100% em 2030.

O grupo pretende investir 24.000 milhões de euros na transição energética, dos quais 19.200 milhões de euros (80%) em energias renováveis até 2025, que inclui tecnologias eólica, solar, hidrogénio verde e armazenamento de energia.

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