Endesa “confiante” que pode ganhar concurso para a central do Pego

"Nós temos uma proposta muito sólida e, naturalmente, só posso dizer que estou confiante. Se estou à frente, não posso deixar de gostar do resultado preliminar", disse Nuno Ribeiro da Silva ao ECO.

Tendo a proposta da Endesa conquistado o primeiro lugar no Relatório Preliminar do concurso para Atribuição de Reserva de Capacidade de Injeção na Rede Elétrica relativa à ex-central a carvão do Pego, o responsável pela elétrica espanhola em Portugal, Nuno Ribeiro da Silva “está confiante” que poderá sair vencedor.

Para breve é aguardada, por parte da Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), a publicação do relatório final de análise das propostas ao concurso para reconversão da Central do Pego.

No entanto, o Governo decidiu dar mais tempo às empresas (até ao dia 25 de fevereiro) para se pronunciarem sobre a decisão preliminar, que põe a Endesa à frente.

“Ficámos bem classificados. Fizemos um esforço muito grande, apresentámos um projeto muito sério para responder aos requisitos do concurso. Em termos de proposta tecnológica, entra também no que é a visão do grupo para o futuro do setor elétrico e fazemos, de facto, o maior esforço para trazer riqueza e atividade económica para a região”, disse Ribeiro da Silva em entrevista ao ECO/Capital Verde.

Pela avaliação do júri do concurso, a proposta da Endesa obteve uma classificação de 3,72, o que a colocou na liderança e à frente da Tejo Energia, Greenvolt, Brookfield & Bondalti, Voltalia e EDP Renováveis, os seis candidatos que se apresentaram a concurso.

“Nós temos uma proposta muito sólida e, naturalmente, só posso dizer-lhe que estou confiante. Se estou à frente, não posso deixar de gostar do resultado preliminar”, rematou.

Tejo Energia contesta 2º lugar, EDP Renováveis aceita último lugar da tabela

Posição diferente tem a Tejo Energia, que vai recorrer da avaliação preliminar do júri para a reconversão da Central Termoelétrica do Pego, em Abrantes, que a posicionou no segundo lugar entre as seis propostas participantes.

“A Tejo Energia vai-se pronunciar porque há um ponto onde a Tejo Energia é penalizada e, como temos uma visão diferente, vamos apresentar os nossos argumentos”, disse à Lusa fonte oficial da empresa, atual proprietária da Central Termoelétrica do Pego.

No relatório preliminar divulgado no dia 4 de fevereiro, lê-se que na proposta da Tejo Energia “a instalação de postos não abertos ao público em geral não confere a atribuição de majoração”.

Segundo a mesma justificação, os postos devem ser “num local do domínio público com acesso a uma via pública ou equiparada, ou em local privado que permita o acesso do público em geral”, entendimento que a empresa não acompanha, avançando assim para recurso.

Quanto à EDP Renováveis, que ficou em último lugar, o CEO Miguel Stilwell d’Andrade já veio dizer que a empresa não vai contestar a avaliação preliminar do concurso do Pego, garantindo que a proposta apresentada era “agressiva”, “boa” e “realista”.

“Fizemos uma proposta agressiva, boa, realista e aguardamos o resultado do concurso”, afirmou aos jornalistas Miguel Stilwell d’Andrade, em conferência de imprensa, após a apresentação dos resultados da elétrica em 2021. “Nós pusemos o nosso empenho total na proposta, isso posso garantir, […] fizemos o nosso trabalho de casa e apresentámos a nossa melhor proposta”,

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