Macron candidata-se a um segundo mandato no Eliseu

Emmanuel Macron anunciou esta quinta-feira a sua recandidatura ao Eliseu. Se vencer, será o primeiro presidente a renovar o mandato em vinte anos.

O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou esta quinta-feira a sua recandidatura para as eleições do próximo mês, avançou a agência noticiosa Agence France-Presse (acesso aberto / conteúdo em inglês).

Numa “carta aos franceses”, Macron escreve que se candidata “para defender os valores que os desvarios do Mundo ameaçam”. “Sou candidato para inventar convosco, face aos desafios do século, uma resposta e europeia singular. Sou candidato para defender os nossos valores que os desvarios do Mundo ameaçam. Sou candidato para continuar a preparar o futuro dos nossos filhos e dos nossos netos. Para nos permitir hoje e amanhã decidirmos por nós próprios”, escreveu numa carta publicada nas edições online dos principais jornais locais franceses, e que sairá amanhã nas respetivas versões em papel.

O atual Presidente admite não ter sido bem-sucedido em todas as suas iniciativas e que faria algumas coisas de forma diferente, mas ressalva que “as transformações levadas a cabo durante este mandato” permitem à França “viver melhor”, sublinhando o resultado alcançado com a descida do desemprego para os níveis mais baixos dos últimos 15 anos.

Caso seja reeleito, Macron será o primeiro presidente francês reeleito em vinte anos.

O anúncio segue em vésperas do Conselho Constitucional francês divulgar quais os candidatos com 500 assinaturas, de modo a concorrer à presidência da República, sendo que as presidenciais realizam-se a 10 de abril, e a segunda volta está prevista para 24 de abril. Macron já reuniu 1.785 assinaturas, estando o seu partido em pré-campanha já há alguns meses.

O atual presidente de 44 anos tem visto o anúncio da sua recandidatura repetidamente adiado em função do atual conflito na Ucrânia. Ainda antes da invasão russa, Macron expressou que iria exercer funções “até ao último quarto de hora” do seu mandato, tendo inclusive as suas equipas já alertado que a presença do candidato na campanha eleitoral não será assídua.

O ex-banqueiro admitiu na noite de quarta-feira, em discurso nacional, que a crise na Ucrânia “atingiu a nossa vida democrática e a campanha eleitoral”, contudo, prometeu “um importante debate democrático para o país”.

As sondagens eleitorais apontam para uma vitória do atual presidente na primeira volta das eleições com cerca de 26% dos votos, e nova vitória na segunda volta independentemente do seu oponente. Já sondagens do grupo Elabe, indicaram que o nível de confiança na “capacidade de Macron enfrentar os principais problemas do país” subiu cinco pontos num mês.

Outra sondagem do grupo Harris Interactive verificou ainda que 58% dos franceses veem de forma positiva a forma como o presidente está a gerir a crise na Ucrânia.

(Atualizada às 21h com a carta da recandidatura)

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