Empresas portuguesas têm mais de 23 mil ofertas de trabalho para refugiados ucranianos

Já há mais de 23 mil ofertas de trabalho registadas na plataforma do IEFP para os refugiados ucranianos que cheguem a Portugal, avançou a ECO o Ministério do Trabalho.

A plataforma criada pelo Governo para reunir ofertas de trabalho de empresas para refugiados ucranianos em Portugal já recolheu 23.073 propostas, de acordo com dados avançados ao ECO pelo Ministério do Trabalho e da Segurança Social.

“Até às 10h00 de 16 de março estavam registadas 23.073 vagas/postos de trabalho”, avançou ao ECO fonte oficial do Ministério liderado por Ana Mendes Godinho. “Existe uma enorme diversidade de profissões pretendidas, sendo que os principais setores com ofertas de emprego colocadas são tecnologias de informação, transportes (motoristas), restauração e hotelaria, setor social e construção civil”, acrescentou a mesma fonte.

O número de ofertas de emprego não pára de aumentar. No arranque da plataforma, a 28 de fevereiro, havia cerca de duas mil ofertas, um valor que disparou para 20 mil na sexta-feira e agora, pelas 10h00 da manhã de quarta-feira já ultrapassou as 23 mil oportunidades de emprego.

Agora, o passo seguinte é fazer uma “articulação conjunta” entre a Segurança Social e o IEFP, também em função das pessoas que se estão a registar para a proteção internacional. Até terça-feira, Portugal concedeu 10.068 pedidos de proteção temporária a pessoas vindas da Ucrânia em consequência da situação de guerra, de acordo com dados do SEF avançados à Lusa. Essas pessoas serão contactadas para que seja feito “o encontro entre as ofertas de emprego” e “as características e os perfis de cada uma”.

O IEFP já se comprometeu a fazer um “mapeamento das competências dos trabalhadores ucranianos acolhidos” e indicou que, caso exista um ajustamento entre as vagas e o perfil dos cidadãos, entrará em contacto com as empresas para apresentar os candidatos. E o Executivo já deu “luz verde” à simplificação do reconhecimento das qualificações profissionais dos refugiados ucranianos que cheguem a Portugal, face à ofensiva que está a ser levada a cabo pela Rússia.

A ministra Ana Mendes Godinho revelou que “o primeiro contrato celebrado foi no setor social”, mas ainda não há dados sobre o número de propostas já preenchidas. A responsável pela pasta do Trabalho revelou ainda que os cursos de português para os refugiados ucranianos que se registaram em Portugal já começaram.

Os setores que têm maior peso nas ofertas disponíveis são, coincidentemente, os que têm registado uma maior escassez de recursos humanos, mas os sindicatos (tanto UGT, como CGTP) já avisaram que é preciso garantir aos refugiados que cheguem a Portugal empregos adequados às suas competências, com remunerações correspondentes e dignas.

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