Nove em cada dez famílias assinam comunicações em pacote
Número de subscritores de pacotes de telecomunicações cresceu 3,4% no ano passado, para 4,4 milhões de assinaturas.
O número de subscritores de pacotes de serviços cresceu 3,4% para 4,4 milhões até ao final de 2021, estimando-se que, nesta altura, 89,1 em cada 100 famílias subscreviam estas ofertas, divulgou a Anacom esta quinta-feira.
“No final de 2021, o número de subscritores de pacotes de serviços foi de 4,4 milhões, mais 146.000 (+3,4%) do que no ano anterior”, indicou, em comunicado, o regulador.
Segundo os dados hoje divulgados pela Anacom, o crescimento mais baixo continua a ser o das ofertas 4/5P, com mais 128.000 subscritores, e das ofertas 3P (oferta de três serviços, por exemplo: Internet, televisão e telefone fixo), que contabilizaram mais 20.000.
Por sua vez, as ofertas mais utilizadas são as 4/5P, que registaram 2,3 milhões de subscritores, neste período, ou seja, 51,5% do total de pessoas que aderiram a estas ofertas em pacote.
Seguem-se as 3P, com um crescimento de 38,9%, equivalente a mais 1,7 milhões de subscritores. “O crescimento percentual das ofertas 4/5P [ofertas de quatro ou cinco serviços] (6%) foi superior ao registado no ano anterior (5,5%) e inferior à média registada nos últimos quatro anos (7,8%)”, apontou.
Já as ofertas isoladas representaram 72,1% dos acessos móveis e 15,4% dos acessos fixos, sendo que, no total destes dois acessos, estas ofertas abrangiam 59,6%.
A Anacom estimou ainda que, no final de 2021, 89,1 em cada 100 famílias subscreviam pacotes de serviços, uma subida de 0,9 pontos percentuais (pp.) em comparação com 2020.
De acordo com dados da Comissão Europeia, citados pelo regulador das comunicações, entre novembro e dezembro de 2020, a taxa de adesão das famílias portuguesas às ofertas em pacote era superior à média europeia (+26 pp.).
Os dados de Bruxelas revelaram ainda que cerca de 15% dos lares portugueses com serviços em pacote mudaram de prestador em 2020, mais cinco pp. do que a média da União Europeia, considerando os 27 Estados-membros.
Metade dos que mudaram de prestador de serviço em pacote justificaram esta decisão com um problema no processo de mudança de prestador, destacando-se a perda temporária do serviço e a demora em colocar todos os serviços a funcionar.
No final do segundo trimestre de 2021, cerca de 12,5% do total dos subscritores de pacotes pertenciam ao segmento não residencial, segundo a informação reportada pelos quatro principais prestadores de comunicações eletrónicas.
As ofertas 2P (dois serviços), por seu turno, representavam um peso de 25,7% entre os subscritores não residenciais, em comparação com os residenciais (7,3%).
As receitas de serviços em pacote tiveram o menor crescimento anual dos últimos três anos, atingindo 1.791 milhões de euros, uma progressão de 3,4% face a 2020.
No período de análise, as receitas das ofertas 4/5P representaram 63,4% do total.
O regulador das comunicações divulgou também que a receita média mensal por subscritores de pacote foi de 34,54 euros (valor sem IVA), uma diminuição de 0,5% face a 2020.
No caso das ofertas 4/5P, a receita média mensal foi de 43,02 euros, menos 1,8%, enquanto nas ofertas 3P avançou 1% para 27,69 euros.
Por prestador, a MEO foi o que apresentou a maior quota de subscritores de serviços em pacote (40,8%, mais 0,3 pp.), seguido pelo grupo NOS (35,9%, mais 0,6 pp.), Vodafone (20%, mais 0,7 pp.) e NOWO (3,2%, mais 0,3 pp.).
“A MEO apresentou a quota de receitas de serviços em pacote mais elevada (41,1%), seguindo-se o grupo NOS (40%), a Vodafone (16,8%) e a NOWO (2%)”, lê-se no documento.
Em comparação com 2020, verificou-se um aumento da quota de receitas da Vodafone em um pp. e da MEO em 0,4 pp., enquanto o grupo NOS observou uma redução de um pp. e a NOWO de 0,4 pp.
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