Preço das casas aumentou 9,4% em 2021

Na totalidade do ano de 2021 foram transacionadas 165.682 habitações, o número mais elevado dos últimos cinco anos.

O ritmo de crescimento dos preços das casas voltou a acelerar no último trimestre do ano passado face ao trimestre anterior, elevando a subida anual para 9,4%, superior à observada em 2020. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicados esta quarta-feira, no ano passado foram transacionadas 165.682 habitações, o valor mais elevado dos últimos cinco anos.

O Índice de Preços da Habitação (IPHab) acelerou pelo terceiro trimestre consecutivo, registando uma taxa de variação homóloga de 10,6% nos últimos três meses do ano passado. Esta taxa mostra que os preços das casas continuaram a subir e que o ritmo de crescimento acelerou, uma vez que no terceiro trimestre a subida tinha sido de 11,5% (o INE corrigiu o último valor).

Assim, na totalidade do ano de 2021, as casas ficaram 9,4% mais caras do que em 2021, com o preço a registar uma subida de 0,6 pontos percentuais face a 2020. “Em 2021, ainda num contexto económico condicionado pela pandemia, manteve-se a dinâmica de crescimento dos preços das habitações transacionadas”, diz o INE, notando que o crescimento dos preços foi “mais intenso nas habitações existentes (9,6%) que nas habitações novas (8,7%)”.

Índice de Preços da Habitação, taxa de variação homóloga, 4T2016-4T2021.INE

No quarto trimestre de 2021 foram transacionadas 45.885 habitações, 17% a mais do que no mesmo período de 2020. Já na totalidade de 2021 transacionaram-se 165.682 habitações — um aumento de 20,5% face a 2020 –, o “registo máximo de transações desde o início da presente série”. As transações de habitações existentes representaram 83,3% do total.

“O início do ano caracterizou-se por uma redução homóloga do número de transações, reflexo das restrições verificadas no contexto da pandemia nos meses de janeiro e fevereiro. Março deu início a uma dinâmica continuada de crescimento do número de transações, a qual atingiu a sua amplitude máxima entre abril e junho, período no qual se registaram aumentos superiores a 50%. Na segunda metade do ano, manteve-se o aumento do número de transações, embora a um ritmo inferior, de cerca de 22% e 17%, respetivamente, no 3º e 4º trimestres”, nota o INE.

Valor das habitações transacionadas aumentou 65,5% em cinco anos

O valor dos alojamentos transacionados em 2021 ascendeu a 28,1 mil milhões de euros, mais 31,1% que em 2020. Janeiro e fevereiro foram os únicos meses com reduções homólogas no valor das habitações transacionadas — cerca de 20% e 10%, respetivamente. Março foi o primeiro mês a apresentar um crescimento homólogo do valor das transações (27,8%). “Nos últimos cinco anos, o valor das habitações transacionadas aumentou 65,5%, uma percentagem que representa mais do dobro da observada no número de transações (27,6%)”, afirma o INE.

. Indicador do número e do valor das transações de alojamentos, total nacional, existentes e novos, 2017-2021INE

Ainda em 2021, as transações de habitações cujo comprador pertencia ao setor institucional das “famílias” representaram 85,6% do número total de transações e 85,7% do valor total dessas transações. Os registos de 141.744 transações e 24,1 mil milhões de euros, representam, em relação a 2020, aumentos de 19,4% no número de transações e de 32,0%, em valor.

No total de vendas de alojamentos em 2021, 94,6% apresentaram comprador com o domicílio fiscal em território nacional (156.759 transações), seguindo-se a União Europeia com 2,8% (4.557) e os restantes países com 2,6% (4.366). Destas três categorias, a União Europeia foi a única a registar uma redução no número de transações face a 2020 (-1,6%).

Analisando as localizações, a Área Metropolitana de Lisboa concentrou 51.014 transações, seguida do Norte com 47.699 unidades transacionadas. Juntas, estas duas regiões concentraram 59,6% do número total de transações, o “peso relativo conjunto mais baixo desde 2009”, diz o INE. Foram também “as únicas a evidenciar reduções homólogas das respetivas quotas relativas regionais”.

Distribuição relativa do número e do valor de transações de alojamentos, por NUTS II, 2021. (diferença em pontos percentuais face a 2020)INE

(Notícia atualizada às 11h38 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Preço das casas aumentou 9,4% em 2021

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião