Depósitos das famílias atingem recorde de 174 mil milhões em fevereiro
Mês após mês, o dinheiro confiado pelas famílias aos bancos não para de crescer. Os depósitos atingiram novo recorde em fevereiro, nos 174 mil milhões de euros.
Nunca as famílias confiaram tanto dinheiro aos bancos como agora. Os depósitos de particulares voltaram a atingir novo recorde em fevereiro nos 174 mil milhões de euros, mais 650 milhões em relação ao mês anterior, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal.
Mês após mês os portugueses vão aumentando as suas aplicações em depósitos bancários, ainda que a remuneração oferecida seja muito baixa — e cada vez mais longe de compensar a escalada da inflação.
Esta tendência tem alguns anos, mas acelerou assim que a pandemia interrompeu o curso normal da vida das pessoas há dois anos. Entre março de 2020 – quando foi declarada a crise pandémica pela OMS – e fevereiro de de 2022, os depósitos bancários cresceram 21,7 mil milhões de euros.
Depósitos não param de aumentar
Fonte: Banco de Portugal
Já as empresas tinham 61,1 mil milhões de euros depositados no banco no mês passado, o que traduz um aumento de 590 milhões em comparação com janeiro, adianta ainda o Banco de Portugal.
Crédito acelera nas famílias e desacelera nas empresas
No que diz respeito à concessão de crédito pelos bancos, o Banco de Portugal revela que os empréstimos às famílias e às empresas tiveram dinâmicas diferentes em fevereiro.
Os empréstimos aos particulares voltaram a acelerar nas finalidades habitação e consumo. Os financiamentos para a compra de casa subiram para 97,5 mil milhões de euros e para o consumo atingiram os 19,5 mil milhões.
“Estes empréstimos cresceram, respetivamente, 4,6% e 4,3% em relação a fevereiro de 2021. O crescimento dos empréstimos na finalidade consumo não era tão elevado desde maio de 2020”, nota a entidade liderada por Mário Centeno.
Já os empréstimos às empresas totalizaram os 75,8 milhões de euros, crescendo 3,7% em relação a fevereiro de 2021, mas “prolongando a desaceleração observada entre maio e dezembro de 2021“.
“Os valores de fevereiro justificam-se, em grande medida, pelos empréstimos concedidos às pequenas e médias empresas cujo crescimento não era tão baixo desde abril de 2020, mês após o qual foram disponibilizadas linhas de crédito de apoio às empresas no âmbito da pandemia”, justifica do Banco de Portugal.
(Notícia atualizada às 11h54)
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