Lisboa sem energia. Petróleo afunda 5% e castiga Galp

Mercado petrolífero não gostou de ver o FMI a cortar as perspetivas para o crescimento da economia global este ano. Brent cai mais de 5%, castigando a Galp e, por arrasto, a bolsa de Lisboa.

Na primeira sessão da semana, depois do fim de semana prolongado da Páscoa, e num contexto de subida dos juros da dívida, a bolsa de Lisboa desvalorizou esta terça-feira, assim como as principais praças europeias. As negociações continuam condicionadas pela guerra na Europa, desencadeada pela invasão da Rússia à Ucrânia.

O benchmark europeu Stoxx 600 perdeu 0,72%, enquanto o francês CAC-40 cedeu 0,74%, com os investidores a pesarem na balança a hipótese de uma vitória de Marine Le Pen contra Emmanuel Macron na segunda volta das Presidenciais este fim de semana. O alemão DAX, o britânico FTSE 100 e o espanhol IBEX-35 registaram quedas mais marginais.

Enquanto isso, o PSI recuou 0,44% e fechou a cotar em 6.106,57 pontos. O índice de referência português cedeu à pressão das empresas do setor energético, que dominam a primeira liga da bolsa de Lisboa.

A EDP Renováveis caiu 1,43%, mas é a Galp Energia que mais se destaca: perdeu 1,38%, numa altura em que o preço do petróleo do Mar do Norte (Brent) desliza mais de 5%, para 107,36 dólares. A queda é atribuída pela Reuters à revisão em baixa da perspetiva para o crescimento da economia mundial pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), encarada como um sinal de que a procura por petróleo pode ser inferior ao esperado.

Entre as cotadas de peso, o BCP contribuiu para a descida do PSI ao desvalorizar 0,47%. Mas foi a Altri que liderou as quedas em Lisboa, com um recuo de 1,62%, seguida pela perda de 1,5% da GreenVolt.

A contrabalançar o índice estiveram os títulos da Jerónimo Martins, que subiram 1,07%, enquanto os CTT avançaram 0,68% e a Sonae subiu 0,58%. Ganhos que não foram suficientes para arrastar a bolsa para território positivo.

As bolsas europeias contrariam, deste modo, a subida muito significativa dos principais índices em Wall Street. Por volta da hora de fecho dos mercados europeus, o norte-americano S&P 500 somava 1,3%, enquanto o Dow Jones ganhava 1,21%. No Nasdaq, os ganhos eram tangentes a 2%.

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