Medina “chumbado” pelos portugueses após apresentar Orçamento do Estado

Novo líder das Finanças é o único dos cinco principais ministros a merecer nota negativa numa sondagem. Marta Temido continua a ser mais popular e Mariana Vieira da Silva supera Pedro Nuno Santos.

Fernando Medina foi o ministro com maior tempo de antena no arranque da nova legislatura, por via da apresentação da proposta de Orçamento do Estado para 2022, mas os portugueses atribuem nota negativa à performance do ex-autarca de Lisboa no arranque das novas funções governativas.

Segundo um barómetro da Aximage para o JN, DN e TSF, que selecionou cinco ministros pela relevância no PS e das pastas que assumiram, o candidato derrotado por Carlos Moedas nas últimas autárquicas na capital e que foi agora reabilitado politicamente por António Costa, é mesmo o único com saldo negativo (-5).

Marta Temido, titular da pasta da Saúde, continua a ser a ministra mais popular, depois de dois anos de gestão da pandemia de Covid-19, alcançando um saldo positivo de 30 pontos, superior ao do conjunto do elenco governativo. Segue-se a nova “número dois” do Governo socialista, Mariana Vieira da Silva, que consegue 19 pontos na diferença entre avaliações positivas e negativas.

Finalmente, Pedro Nuno Santos (Infraestruturas e Habitação) e José Luís Carneiro (Administração Interna) têm um saldo positivo de apenas dois pontos. Com o primeiro, apontando à sucessão de Costa, a ser “amado” pela esquerda e “odiado” pela direita, na análise fina aos resultados do barómetro; e o segundo, que sucedeu a Eduardo Cabrita, a sofrer ainda de falta de notoriedade.

O mesmo inquérito, realizado poucas semanas depois da tomada de posse do terceiro Governo de António Costa, atribui ao primeiro-ministro um saldo positivo de 26 pontos – há um ano tinha 40 pontos –, ficando também muito distante da popularidade de Marcelo Rebelo de Sousa (46 pontos). A maioria, quase metade dos inquiridos, prevê que as relações entre os palácios de Belém e de S. Bento se mantenham como até aqui, com 23% a prever que o ambiente entre os dois vai piorar.

As últimas semanas ficaram marcadas pela discussão sobre a perda de poder de compra dos portugueses, por via da inflação elevada não ser compensada pelo aumento dos ordenados, com o PSD a falar mesmo do regresso da austeridade. Esta semana, o primeiro-ministro condicionou o valor da atualização dos salários da Função Pública em 2023 da evolução da inflação e das “circunstâncias económicas e a capacidade orçamental que o país terá”. Ou seja, com estas condicionantes, o Governo deixa cair, na prática, o critério de atualizar os salários com base na inflação a 12 meses registada em novembro do ano anterior.

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