Guerra na Ucrânia terá “um impacto económico significativo”, diz Gentiloni
As políticas orçamentais devem continuar“ágeis” e “responsivas”, tal como durante a pandemia, de acordo com o comissário europeu, que alerta que na próxima semana as previsões "serão ajustadas".
O comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, considerou esta segunda-feira que a guerra na Ucrânia terá “um impacto económico significativo”, precisando que, no atual contexto, devem ser mantidas políticas orçamentais “ágeis” e “responsivas”, tal como durante a pandemia.
“O custo humanitário e económico da guerra dependerá da sua duração. No entanto, é evidente que a guerra terá um impacto económico significativo e que as nossas previsões anteriores terão de ser ajustadas”, referiu o comissário europeu numa mensagem de vídeo transmitida na conferência “Que visão para uma Economia Europeia Resiliente e Sustentável”, a decorrer esta segunda em Lisboa.
Este ajustamento será conhecido quando, na próxima semana, a Comissão Europeia divulgar as suas previsões económicas da primavera atualizadas, indicou. “No atual contexto geopolítico, a nossa resiliência económica é crucial não apenas para proteger os nossos cidadãos como também o nosso modelo de democracia liberal”, referiu o comissário europeu, na abertura da conferência, organizada pelo Jornal de Negócios, com o apoio da Católica Business School, no âmbito do Dia da Europa.
Neste contexto, Paolo Gentiloni salientou ser necessário “manter as políticas orçamentais ágeis e responsivas” à semelhança do que foi feito durante a pandemia, sinalizando as orientações atualizadas sobre a política orçamental de 2023 que a Comissão Europeia vai fornecer no âmbito do pacote da primavera do semestre europeu.
Gentiloni salientou ainda a necessidade de se acelerar a transição verde, como forma de a União Europeia reduzir a dependência das importações de combustíveis fósseis e garantir que preços e energia mais acessíveis. “Devemos [também] continuar a implementar efetivamente os planos nacionais de recuperação e resiliência que os Estados Membros implementaram após a pandemia”, referiu o comissário europeu, realçando que “Portugal está a fazer bons progressos no seu plano” numa referência à avaliação positiva que a Comissão fez recentemente do pedido de pagamento, na sequência do cumprimento das metas e objetivos acordados.
“Devemos [também] continuar a implementar efetivamente os planos nacionais de recuperação e resiliência que os Estados-membros implementaram após a pandemia”, referiu o comissário europeu, realçando que “Portugal está a fazer bons progressos no seu plano” numa referência à avaliação positiva que a Comissão fez recentemente do pedido de pagamento, na sequência do cumprimento das metas e objetivos acordados.
“Continuar nesse espírito será fundamental para apoiar a confiança e realizar os investimentos e as reformas de que nossas economias precisam, agora mais do que nunca”, afirmou o responsável do executivo europeu pela área da Economia.
O comissário lembrou ainda os primeiros passos da construção do projeto europeu e as 70 décadas de paz e prosperidade que tal conferiu à Europa, assinalando que essa conquista está em risco perante o regresso de uma guerra junto às fronteiras da União Europeia e da NATO.
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