Endividamento da economia sobe, mas rácio desce para 359,96% do PIB
O endividamento dos cidadãos, empresas e Estado aumentou 5,1 mil milhões de euros em fevereiro, para 782,5 mil milhões de euros. Contudo, o peso do endividamento na economia baixou novamente.
O endividamento da economia portuguesa (todos os agentes económicos exceto a banca) aumentou para 782,5 mil milhões de euros em março, uma subida de 5,1 mil milhões de euros face a fevereiro, de acordo com os dados publicados pelo Banco de Portugal (BdP) esta quinta-feira. Porém, o rácio desceu para 359,96% do PIB no primeiro trimestre de 2022, o valor mais baixo desde o segundo trimestre de 2020.
O endividamento do setor público subiu 1,8 mil milhões de euros, enquanto a subida no setor não financeiro privado foi de 3,3 mil milhões de euros.
“Em março, o endividamento do setor não financeiro (administrações públicas, empresas e particulares) aumentou 5,1 mil milhões de euros, para 782,5 mil milhões de euros”, lê-se no comunicado do banco central divulgado esta quinta-feira. Este é um novo recorde no endividamento da economia.
Endividamento da economia atinge novo recorde
Porém, recorde-se que em percentagem do PIB, o peso que o endividamento tem na economia, tem vindo a baixar, após o pico da pandemia. O rácio de endividamento baixou de 375,4% do PIB em 2020 para 363,3% do PIB em 2021, continuando longe dos mais de 420% registados durante a última crise. No primeiro trimestre de 2022 fixou-se nos 359,96% do PIB.
Peso do endividamento baixa para mínimo de quase dois anos
No caso do setor público, o que inclui as administrações públicas e as empresas públicas, o endividamento subiu para 350,6 mil milhões de euros. “Esta subida resultou, sobretudo, no crescimento do endividamento perante o exterior em 0,7 mil milhões de euros, enquanto o endividamento junto do setor financeiro e das administrações públicas cresceu 0,6 mil milhões de euros, em ambos os casos”, detalha o Banco de Portugal.
Já o aumento do endividamento do setor privado dividiu-se entre 2,7 mil milhões no caso de empresas, “sobretudo junto do exterior e do setor financeiro (1,5 e 1,1 mil milhões de euros, respetivamente)”, e de 600 milhões no caso de particulares, “principalmente junto do setor financeiro”.
Em relação às empresas privadas, o endividamento cresceu 5% comparativamente com fevereiro de 2021, o que corresponde a uma aceleração de sete décimas face aos 4,3% anteriores.
Já o endividamento dos particulares continuou a acelerar, aumentando 3,9% em termos homólogos, mais duas décimas do que em fevereiro.
A próxima atualização dos dados do Banco de Portugal ocorre a 22 de junho.
(Notícia atualizada às 11h20 com mais informação)
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