EY planeia separar negócio de auditoria e consultoria por conflito de interesses

EY considera separar negócio de auditoria e consultoria, no que pode ser a primeira reestruturação de uma das Big 4 em 20 anos. Em causa estão alegados conflitos de interesse entre ramos do negócio.

A empresa de serviços EY está a ponderar separar o negócio de auditoria e consultoria no que será a primeira reestruturação em 20 anos de uma empresa das Big 4 (nome dado ao grupo das maiores empresas especializadas em auditoria e consultoria, EY, PwC, Deloitte e KPMG), avançou esta quinta-feira o Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

A proposta está ainda em discussão, mas trata-se de uma tentativa para solucionar as críticas feitas às quatro maiores empresas do setor, que são acusadas de falta de independência nas suas auditorias. Em causa está a perceção de que as Big 4 não são independentes nas auditorias das suas empresas devido às taxas geradas pelas mesmas com os seus serviços de consultoria.

Os planos da EY preveem uma empresa dedicada à auditoria e separada dos restantes negócios, sendo que a empresa iria assim manter especialistas em áreas como os impostos. Segundo um sócio de uma das restantes empresas das Big 4, citada pelo Financial Times, “todos vamos ter de rever a nossa posição, mas isso não será feito rapidamente”, disse acrescentando que a reação dos reguladores também irá afetar a resposta das outras empresas.

A EY emprega cerca de 312 mil pessoas em mais de 150 países, e segue uma estrutura onde cada unidade opera em rede, mas legalmente separada das restantes, sendo-lhes cobrada uma taxa anual pelo uso da marca, tecnologia e sistemas. O processo de separação pode ainda durar “muitos meses”, e não está assegurado, pois ainda está a ser procurada uma solução que “funcione para todos”, disse fonte do Financial Times.

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