Rnters transforma-se em Flecto com ronda de 1,2 milhões e quer triplicar equipa

Startup portuguesa deixa alugueres de produtos entre pessoas e foca-se nas empresas. Equipa vai triplicar até 2023, de 13 para perto de 50 trabalhadores.

A Rnters vai deixar o aluguer, através de uma plataforma, de produtos entre particulares para focar-se nas empresas. A startup portuguesa passa a chamar-se Flecto e fechou uma ronda de investimento de 1,2 milhões de euros. A equipa irá triplicar, passando dos atuais 13 trabalhadores para perto dos 50, até ao final de 2023 e, “muito em breve”, o negócio vai escalar para lá da Península Ibérica.

A nova injeção de capital foi liderada por três sociedades de capital de risco: a luso-britânica Mustard Seed Maze, a suíça Übermorgen e os norte-americanos da Techstars. Em maio de 2020, numa anterior ronda de investimento, a startup tinha levantado 200 mil euros.

“A Flecto é um produto completamente novo: passámos de um marketplace feito para pessoas alugarem os seus artigos em que a gestão de reservas era muito básica […] para uma plataforma em que as empresas podem gerir qualquer negócio de aluguer“, explica Guilherme Guerra, um dos fundadores da startup, ao ECO/Pessoas.

Experiência leva a transformação

A mudança do modelo de negócio resultou de uma experiência com o mercado empresarial: no início de 2020, a então Rnters apercebeu-se de que as empresas de aluguer começaram a usar a plataforma junto dos consumidores e nela chegaram a criar lojas virtuais. Em vez de comprarem os produtos e os utilizarem poucas vezes, os consumidores preferem alugá-los, a um preço mais baixo.

“Vimos que havia uma oportunidade e que a nossa plataforma era um ótimo ponto de partida para resolver os principais problemas da indústria de aluguer de equipamento”, recorda Guilherme Guerra.

Só na Europa Ocidental, o mercado da economia circular vale 36 mil milhões de euros. A avaliação justifica a vontade de a Flecto chegar a mais países: “muito em breve estaremos em países como França, Itália e Reino Unido.

A nova plataforma está aberta a freelancers, pequenas e grandes empresas, que “podem gerir reservas, clientes e inventário ou até enviar links de pagamento a clientes”.

Ainda antes do anúncio da mudança, já havia mais de 150 clientes registados, que disponibilizavam artigos como material fotográfico e de vídeo, sistemas de som ou luz, consolas de jogos, computadores, drones ou bicicletas. Os alugueres podem ter seguro incluído, com cobertura do valor integral do produto.

Quando a plataforma funcionava apenas para os utilizadores particulares, as opções eram mais limitadas: apenas era possível “adicionar artigos, tirar fotografias e definir um preço”.

Equipa triplica e é 100% remota

As 13 pessoas que estavam na Rnters transitaram para a Flecto. Mas o número vai aumentar no próximo ano e meio: a equipa vai crescer para 20 trabalhadores até ao final deste ano; para 2023, “a ambição é de sermos aproximadamente 50“.

Na startup, a equipa encontra-se em regime totalmente remoto — apenas reúne em “múltiplos momentos importantes” –, dando a startup condições para que “qualquer pessoa tenha a liberdade de trabalhar onde se sente melhor nesse dia”.

Apesar do foco nas empresas, a Flecto admite que no futuro poderá acrescentar ao negócio algumas das raízes com que começou, em 2016.

“Acreditamos num futuro em que particulares possam usar a Flecto para ter uma fonte adicional de rendimento com artigos que têm parados em casa simplesmente nesta fase ter foco e comunicar numa só voz é essencial”, remata Guilherme Guerra.

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