Petróleo a caminho da terceira semana de quedas

Medo de uma recessão continua a pressionar os preços do petróleo. Depois da desvalorização de 3% na véspera, barril volta a cair esta sexta.

Os receios de uma recessão que baixe a procura e o consumo energético continuam a pressionar os preços do petróleo, que voltam a recuar na sessão desta sexta-feira, depois de terem afundado cerca de 3% na véspera.

O brent cede 0,4% para 108,6 dólares por barril em Londres e o crude WTI está em baixa de 0,6% para 105,16 dólares. Ambos os contratos caíram cerca de 3% na quinta.

“A incerteza em relação à política da OPEP em setembro e depois e os receios que subidas agressivas das taxas de juro pela Reserva Federal possam levar a uma recessão nos EUA e baixe a procura estão a penalizar o sentimento”, explica Tsuyoshi Ueno, economista do NLI Research Institute, citado pela agência Reuters.

Petróleo em queda

A OPEP+, que inclui os principais produtores de petróleo mundiais e a Rússia, anunciou esta quinta-feira que vai manter a estratégia de aumento da produção nas próximas duas reuniões, mas evitou desvendar o que se seguirá depois de setembro.

O Presidente americano, Joe Biden, irá fazer uma visita ao Médio Oriente em meados deste mês, incluindo uma visita à Arábia Saudita, com a política energética no topo da agenda perante a subida dos preços que estão a afetar os EUA e outros países. “Todas as atenções estão viradas para a Arábia Saudita ou outro país do Médio Oriente, se vão aumentar a produção a pedido dos EUA”, disse Ueno.

Entretanto, a Noruega prepara-se para uma greve de 74 trabalhadores das plataformas da Equinor Gudrun, Oseberg Sul e Oseberg Este no dia 5 de julho, com impacto em 4% da produção norueguesa.

Os analistas antecipam que o preço do petróleo se mantenha acima dos 100 dólares este ano na Europa e noutras regiões.

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