Montenegro contra referendo à regionalização em 2024

O novo líder do PSD defende que esta não é a altura adequada para avançar com um referendo à regionalização, devido à situação internacional e nacional.

O novo líder Luís Montenegro elencou sete temas que serão prioritários para o seu tempo à frente do partido, entre os quais se encontra a oposição a um referendo à regionalização em 2024. O presidente social-democrata lançou também críticas ao processo de descentralização, responsabilizando o Governo pelos problemas.

Montenegro mostrou-se assim contra um referendo à regionalização daqui a dois anos, que era um compromisso socialista, apontando que tal “não é adequado” numa altura de crise, devido à “gravidade da situação internacional e consequências económicas e sociais muito sérias que estão a atingir os portugueses”.

“Fazer um referendo neste quadro crítico e delicado seria uma irresponsabilidade, uma precipitação e um erro. Os portugueses não compreenderiam. Tenhamos as noções das prioridades”, defendeu. Assim, se o Governo avançar com este tema, que era uma das promessas de António Costa e foi mesmo incluída no Programa de Governo, “não vai ter cobertura e aval do PSD”, avisou Montenegro.

É de recordar também que este é uma reforma a que Marcelo Rebelo de Sousa se opõe, uma posição tomada já na altura em que o atual Presidente da República liderava o PSD.

O novo líder do PSD defendeu ainda que o processo de descentralização “é um logro”, por “responsabilidade exclusivamente do Governo”, na sua intervenção final no Congresso no PSD.

“Somos, vamos mesmo ser, a alternativa que vai dar esperança e futuro a Portugal”, reiterou Luís Montenegro, após enumerar as suas prioridades para o mandato que se segue. São eles o combate a carestia de vida, combate ao caos e desgoverno na saúde, defesa de sociedade com menos impostos, políticas que retenham jovens e talento em Portugal, implementação de programa nacional de atração, acolhimento e integração de imigrantes, pacto sobre transição digital, energética e ambiental e, finalmente, descentralização e oposição a um referendo à regionalização em 2024.

(Notícia atualizada às 15h25)

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