Manifestação nacional da CGTP encerra hoje mais de um mês de luta

  • Lusa
  • 7 Julho 2022

A manifestação desta quinta será uma forma de "convergência de todas as lutas em curso", para os trabalhadores mostrarem "a sua indignação face ao aumento do custo de vida".

A CGTP encerra esta quinta-feira mais de um mês de luta com uma manifestação nacional, que trará a Lisboa milhares de trabalhadores de todo o país e setores, para reclamarem aumentos salariais e melhores condições de vida. “Hoje é o momento da convergência das lutas e reivindicações das últimas semanas, é o momento de dar voz aos trabalhadores, que vêm de todo o país e vão certamente continuar a lutar por melhores condições de vida e de trabalho”, disse à agência Lusa Ana Pires, da comissão executiva da Intersindical.

Apesar de não querer fazer previsões, a sindicalista disse esperar “uma participação com bastante significado”, tendo em conta a mobilização confirmada pela organização e os transportes fretados. “Quando lançámos esta ação de luta nacional, no dia 27 de maio, apelámos à intensificação da luta reivindicativa porque consideramos que, para o momento extremamente difícil que estamos a viver, eram necessárias formas de luta extremamente significativas”, afirmou.

Ana Pires lembrou as dificuldades que se tem vindo a agravar para as camadas mais desfavorecidas da população, devido aos baixos rendimentos e ao elevado custo de vida. A CGTP realizou a 27 de maio uma concentração junto a Assembleia da República, no dia em que foi votado o Orçamento do Estado, dando inicio a mais de um mês de lutas, sob o lema “Pelo aumento dos salários e pensões | Contra o aumento do custo de vida e ataque aos direitos”.

“Ao longo do mês de junho e início de julho, tivemos milhares de ações de luta, desde greves, concentrações e plenários, nos locais de trabalho e na rua, de todas as regiões, de todos os setores, com os trabalhadores a afirmarem as suas reivindicações concretas”, referiu Ana Pires.

De acordo com a sindicalista, a manifestação desta quinta será uma forma de “convergência de todas as lutas em curso”, para os trabalhadores mostrarem “a sua indignação face ao aumento do custo de vida, ao ataque ao poder de compra e aos direitos, ao aumento das desigualdades, das injustiças e da pobreza”.

Os manifestantes vão exigir o aumento geral de salários para todos os trabalhadores, das pensões para os reformados e pensionistas, a redução do horário de trabalho, a erradicação da precariedade, o emprego com direitos e uma legislação laboral que contribua para a valorização do trabalho e dos trabalhadores.

A manifestação nacional parte ao início da tarde do Marquês de Pombal para a Assembleia da República, onde intervirá a Interjovem, organização de jovens trabalhadores, e a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha.

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