Nord Stream deverá reabrir na quinta-feira depois da manutenção. Fluxo será reduzido

O principal gasoduto que liga a Rússia à Europa deverá retomar as operações na quinta-feira, tal como previsto. Fontes revelam à Bloomberg que o fluxo, será no entanto, reduzido.

O principal gasoduto que liga a Rússia à Europa deverá retomar as operações na quinta-feira, tal como previsto, revelam duas fontes próximas do processo à Reuters, esta terça-feira. “Eles [Gazprom] vão regressar aos níveis [de abastecimento] vistos antes de 11 de julho“, adianta uma das fontes à agência noticiosa.

A Bloomberg, que avança com a mesma notícia, informa, no entanto, que a retoma do gasoduto será a “meio gás”, depois da Gazprom ter invocado “motivos de força maior” que justificam uma redução no fluxo de gás enviado para os países europeus, revelam fontes próximas do processo. Decisão final será tomada pelo Kremlin.

Desde o início da guerra, a Rússia reduziu os níveis de abastecimento em 60% a países como Itália, Alemanha, Dinamarca e Países Baixos. Segundo um documento preliminar da Comissão Europeia, os fluxos totais de gás russo são agora 30% a menos do que a média registada entre 2016 e 2021.

A revelação surge momentos depois de o comissário europeu para Orçamento e Administração, Johannes Hahn, ter admitido que o executivo comunitário já não esperava que o Nord Stream voltasse a reabrir depois do fim do período de manutenção, previsto para quinta-feira, 21 de julho.

O Nord Stream está encerrado desde 11 de julho na sequência de um processo de manutenção que estava agendado para decorrer nesta altura. No entanto, perante as sanções aplicadas à Rússia por vários países ocidentais e as sucessivas reduções do fluxo de gás para a Europa, os riscos de que este gasoduto não volte a reabrir tornam-se cada vez maiores. Desde o início da guerra, o Kremlin reduziu em 60% o fluxo de gás para a Europa.

Esta segunda-feira, surgiram relatos de que a Gazprom invocou “motivos de força maior” para justificar uma limitação nos abastecimento de gás através do Nord Stream. A indicação terá sido transmitida a pelo menos três compradores, na semana passada, a 14 de julho. Entre eles, estará a energética alemã Uniper, que recusou tal justificação, revelou a Reuters, na segunda-feira.

Conhecida como a cláusula “Ato de Deus”, a força maior é usada habitualmente nos contratos comerciais e define as circunstâncias extremas que liberta uma das partes das suas obrigações legais. A declaração não significa necessariamente que a Gazprom vai interromper o fornecimento, mas não poderá ser responsabilizada se não cumprir os termos do contrato.

(Notícia atualizada às 17h39 com mais informações)

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