Petróleo cai 4% com quebra no consumo nos EUA e juros do BCE

Subida dos stocks de gasolina nos EUA sinaliza redução do consumo na maior economia do mundo. BCE sobe juros pela primeira vez em 11 anos. Petróleo cede 4%.

Os preços do petróleo recuam 4% esta quinta-feira, deslizando pelo segundo dia seguido, perante os sinais de abrandamento de consumo nos EUA e as notícias positivas na Líbia e Rússia que estão a aliviar os receios dos investidores sobre eventuais disrupções na oferta.

Em Londres, o barril de Brent para entrega a 29 de julho recua 3,8% para 102,86 dólares. Do outro lado do Atlântico, o crude WTI que expira a 21 de agosto regista uma queda mais pronunciada: está em baixa de 4,26% para 95,63 dólares, depois de cair quase 2% na sessão anterior.

Petróleo em queda

O petróleo tem registado grandes oscilações nas últimas semanas, refletindo a complexa realidade que o mundo enfrenta atualmente com a guerra da Rússia na Ucrânia e a possibilidade de Moscovo cortar o fornecimento à Europa e com os receios de uma recessão, que terá implicações na procura.

Entretanto, esta quinta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) vai anunciar a primeira subida das taxas de juro em mais de uma década para travar a escalada da inflação, estando em cima da mesa um aumento de 25 ou 50 pontos base. O aperto das condições financeiras poderá atirar a Zona Euro para uma recessão, alertam os analistas. E isso também fará baixar o consumo de petróleo.

Nos EUA, os sinais de abrandamento do consumo estão já aí: os inventários de gasolina subiram 3,5 milhões de barris na semana passada, superando largamente as estimativas dos analistas.

Na Líbia, a companhia petrolífera National Oil Corp revelou que a produção foi retomada em vários campos.

Já no que diz respeito ao gás natural, a Gazprom retomou os abastecimentos através do gasoduto Nord Stream 1 em direção à Europa, depois de 10 dias fechado para manutenção.

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