Risco de recessão permanece “limitado”, diz Fórum para a Competitividade

Crescimento da economia deverá abrandar entre 4,5% a 6% em 2022 para 0,5% a 2,5% em 2023, prevê a instituição. Inflação também alivia.

O Fórum para a Competitividade considera que o impacto da guerra na economia portuguesa no segundo trimestre “deverá ser limitado”, mas a economia vai travar nos próximos trimestres. Cenário de recessão está, por ora, afastado.

A instituição prevê que o PIB tenha uma variação entre 4,5% a 6% em 2022, arrefecendo de forma pronunciada para entre 0,5% e 2,5% no próximo ano, antecipa na sua nota sobre Perspetivas Empresariais, divulgada esta quinta-feira.

O impacto da guerra no segundo trimestre deverá ser limitado, em parte devido à recuperação do turismo e ao reduzido peso da Rússia no nosso comércio internacional”, estima o Fórum. Os trimestres seguintes deverão trazer uma travagem, devido à desaceleração internacional em curso, às consequências crescentes da subida das taxas de juro e à subida sucessiva dos preços, em particular na energia e produtos alimentares.

A instituição não antecipa, por ora, uma contração do PIB. “A aceleração da subida de taxas de juro pelos bancos centrais estará a acentuar o quadro de desaceleração económica, mas o risco de recessão permanece, por enquanto, limitado“.

As taxas Euribor a seis meses passaram a valores positivos em junho, devendo prosseguir a sua subida em linha com o aumento de taxas de juro pelo BCE, estimando os mercados que aquelas se situem acima de 1% no final do ano“, assinala também a nota.

Embora considere existirem “riscos de haver um novo surto de inflação, devido a retaliações da Rússia sobre os produtos energéticos”, aquela deverá abrandar de entre 6,5% e 8% em 2022 para entre 2,5% e 4% em 2023.

A previsão para a taxa de desemprego este ano foi reduzida para 5,75% a 6,25% e a de 2023 manteve-se em 5,5% a 6%.

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