Mais de 90% dos portugueses foram “para fora cá dentro” no arranque do ano

  • Joana Abrantes Gomes
  • 27 Julho 2022

No primeiro trimestre, a maioria das viagens dos residentes decorreu em território nacional, num total de 4,2 milhões de deslocações. “Visita a familiares ou amigos” foi o principal motivo invocado.

A atividade turística dos residentes já está a superar os níveis pré-pandemia. Entre janeiro e março deste ano, os residentes em Portugal realizaram 4,7 milhões de viagens turísticas, o que corresponde a um crescimento homólogo de 195,6% e a um ligeiro acréscimo de 0,3% face ao primeiro trimestre de 2019, último ano antes da pandemia.

De acordo com os dados publicados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no primeiro trimestre de 2022, a grande maioria das viagens (90,5%) decorreu em território nacional, correspondendo a 4,2 milhões das deslocações – um aumento de 175,8% face ao mesmo período de 2021 e uma subida de 3,6%, quando comparado com 2019.

As viagens com destino ao estrangeiro, que totalizaram 443,4 mil viagens (9,5%), dispararam 846,9% em relação aos primeiros três meses do ano passado, mas ficaram ainda 23% abaixo dos níveis de 2019. “Estas variações devem-se às fortes restrições às deslocações no contexto pandémico no primeiro trimestre de 2021, quando as viagens tinham diminuído 55,3% em território nacional e 89,5% com destino ao estrangeiro”, justifica o INE.

“Visita a familiares ou amigos” foi a principal motivação para os residentes viajarem no primeiro trimestre deste ano. Equivaleu a 2,2 milhões de viagens, representando aumentos de 187,7% face ao mesmo período de 2021 e de 4,4% em relação a 2019. A segunda categoria foi “lazer, recreio ou férias”, com 1,8 milhões de viagens realizadas (39,2% do total), um crescimento homólogo de 342,2% (+3,0% em relação ao primeiro trimestre de 2019).

Os “hotéis e similares” concentraram 21,9% das dormidas resultantes das viagens turísticas no primeiro trimestre de 2022, registando um ganho de 16,3 pontos percentuais na sua representatividade. O “alojamento particular gratuito” manteve-se como a principal opção de alojamento (71% das dormidas), embora tenha diminuído o peso no total (-17,6 pontos percentuais).

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