Marcelo não descarta imposto sobre empresas com “lucros caídos do céu”

Presidente da República apela à responsabilidade social das empresas que mais estão a lucrar em contexto de elevada taxa de inflação.

Marcelo Rebelo de Sousa não descarta um imposto sobre os lucros extraordinários das empresas. Para o Presidente da República, o cenário pode colocar-se caso não haja maior responsabilidade social das companhias.

“As empresas que nesta situação têm a vindo a ter proveitos extraordinários devem ser as primeiras a tomarem maior iniciativa de responsabilidade social. Não podem ignorar os que sofrem à sua volta. Têm de investir mais em termos sociais, sacrificando dividendos”, apelou nesta sexta-feira o Presidente da República, depois da participação num encontro com o homólogo de Cabo Verde, José Maria Neves.

O chefe de Estado reconheceu que “é difícil encontrar uma solução que não seja retroativa e que seja justa” e que “abarque todos” os setores que estejam a beneficiar de lucros extraordinários”.

Mas o Presidente deixou também o recado: “Se aumentam os impostos sobre quem teve lucros extraordinários, talvez se deva baixar imposto ou tomar medidas sociais sobre os setores desfavorecidos, que sofrem mais.”

Acima de tudo, defendeu Marcelo Rebelo de Sousa, “qualquer medida tomada tem de ser justa e deve chegar ao bolso das pessoas“.

Marcelo Rebelo de Sousa alertou ainda que o país vai continuar a viver um “período difícil” por causa da aceleração da taxa de inflação – fixou-se em 9,1% em julho. É um momento que “exige resistência, capacidade de decisão, e decisão rápida, se for necessária”.

Desde abril que em Portugal se discute a hipótese da criação de impostos sobre lucros extraordinários. Em Espanha, será agravada a tributação obre as receitas da banca com juros e comissões, e aplicar também uma taxa de 1,2% sobre o volume de negócios das empresas do setor energético.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h31 com mais informação)

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