Quase 11 milhões de testes à Covid-19 custaram 149 milhões aos cofres do Estado

Quase 11 milhões de testes gratuitos de despiste da Covid-19, feitos no âmbito dos vários regimes legais, representaram uma comparticipação de cerca de 149 milhões de euros.

Os 10.944.567 de testes rápidos de antigénio tiveram um custo total de cerca de 149 milhões de euros, segundo disse ao ECO fonte oficial do Ministério da Saúde.

“De julho de 2021 até julho de 2022, o valor total faturado ao SNS relativo a testes rápidos de antigénio de uso profissional realizados por laboratórios de análises clínicas e farmácias foi de cerca de 149 milhões de euros”, refere o gabinete liderado por Marta Temido na resposta enviada ao ECO.

A comparticipação a 100% de vários TRAg por mês começou em 1 de julho de 2021 e prolongou-se até ao final de setembro desse ano. Este regime excecional e temporário foi reativado em 18 de novembro e foi sendo sempre renovado até 30 de abril de 2022, quando o Governo pôs fim à medida num contexto de alívio de restrições à Covid-19. Em março deste ano, o total de TRAg que cada utente podia realizar nas farmácias e laboratórios aderentes passou de quatro para dois testes por mês.

No período de julho de 2021 a fevereiro deste ano, em que vigorava esse primeiro regime, foram realizados mais de 8,1 milhões de testes rápidos de antigénio de uso profissional, correspondendo a um investimento superior a 118,8 milhões de euros, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Estes testes de despiste da Covid-19 realizados nas farmácias e nos laboratórios começaram por ser comparticipados a 10 euros e depois a 15 euros.

Após quase um mês de interregno, o Estado voltou a comparticipar a realização de testes rápidos à Covid-19, mas apenas sob prescrição do Serviço Nacional de Saúde (SNS). A justificação do Governo para o regresso da medida, implementada a partir de 25 de maio e que tem sido renovada, foi a “incidência muito elevada no país, com tendência crescente”, do SARS-CoV-2.

Ao ECO, o ministério tutelado por Marta Temido garantiu nova prorrogação da comparticipação de testes mediante prescrição do SNS, agora até ao fim de setembro. Neste novo regime, os testes rápidos são comparticipados se tiverem o valor máximo de realização de 10 euros e podem ser realizados apenas nas 1.503 farmácias aderentes.

No caso dos laboratórios de análises clínicas, o Executivo acordou um outro regime de comparticipação de testes à Covid-19, também dependente de prescrição do SNS, após terminar o primeiro regime de comparticipação – que juntava farmácias e laboratórios.

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