OPEP corta produção de petróleo em 100 mil barris por dia. Cotação sobe mais de 3%

O cartel concordou em reduzir a oferta de crude em cerca de 100 mil barris por dia em outubro, retomando os níveis de agosto. Perante este anúncio, cotações do "ouro negro" avançam mais de 3%.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) decidiu cortar a oferta de crude em cerca de 100 mil barris por dia a partir de outubro, avança a Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês). Com esta decisão, a produção retoma aos níveis de agosto.

O acordo foi alcançado esta segunda-feira, sendo que este corte simbólico insere-se numa tentativa de estabilizar os mercados globais, dado que a atual incerteza económica provocou uma queda de preços do “ouro negro” em dois anos.

Neste contexto, em outubro o cartel vai reduzir a produção de petróleo em cerca de 100 mil barris por dia, retomando os níveis de produção de agosto. Para este mês de setembro, a OPEP tinha concordado aumentar a produção em 100 mil barris por dia, na sequência do pedido feito pelo presidente dos Estados Unidos.

Perante este anúncio, as cotações de petróleo nos mercados internacionais estão a ganhar força. Pelas 14h18 de Lisboa, o barril de Brent, que serve de referência para as importações nacionais, avançava 3,64% para 96,38 dólares, enquanto o WTI, cotado em Nova Iorque, somava 3,3% para 89,74 dólares

Apesar de este corte ser “inconsequente em termos de volume, existe para enviar o sinal de que a OPEP+ está de novo em ‘price-watch mode“, sublinha Bill Farren-Price, especialista em petróleo e gás na Enverus, em declarações à Bloomberg. Recorde-se que na passada sexta-feira os líderes do G7 aprovaram um acordo para impor um limite máximo às compras de petróleo proveniente da Rússia.

Desde o início da invasão da Rússia à Ucrânia, que os preços do petróleo têm estado sob alta volatilidade, tendo chegando a cotar acima dos 120 dólares por barril em março. Os receios relativos a uma recessão global, os constrangimentos na oferta, provocados pelo embargo ao petróleo russo, e outros fatores têm condicionado os preços em ambos os sentidos.

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