Brent cede mais de 2% com receios de aperto na procura

A cotação do Brent recua mais de 2%, numa altura em que as preocupações relativas à procura e a perspetiva de novas subidas das taxas de juro centram as atenções. 

A cotação do barril de Brent está a recuar mais de 2% na sessão desta terça-feira, após dois dias consecutivos a subir, numa altura em que as preocupações relativas à procura e a perspetiva de novas subidas das taxas de juro centram as atenções.

Pelas 17h28, o barril de Brent, que serve de referência às importações nacionais, recuava 2,44% para 93,37 dólares, enquanto o WTI, negociado em Nova Iorque, valorizava 0,49% para 87,30 dólares. Na sessão anterior, as cotações de petróleo nos mercados internacionais chegaram a disparar mais de 3%, após a OPEP+ ter anunciado que vai cortar a oferta de crude em cerca de 100 mil barris por dia em outubro.

Este desempenho acontece numa altura em que o confinamento decretado na cidade chinesa de Chengdu, renova os receios de que a escalada da inflação e a subida das taxas de juro provoque uma diminuição da procura de crude. Na quinta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) deverá anunciar uma subida das taxas de juro em 50 pontos base ou superior, isto já depois do aumento de 50 pontos em julho, numa tentativa de conter a escalada da inflação.

Por outro lado, os dados relativos à atividade dos serviços nos Estados Unidos alimenta as expectativas de a Fed continuar a aumentar as taxas de juro, o que poderá desencadear uma recessão e reduzir a procura por esta matéria-prima.

“As notícias da OPEP+ estão agora no mercado e o foco mudou temporariamente para as preocupações económicas e inflacionárias, nomeadamente dois fatores relevantes que são os bloqueios prolongados na sequência do aumento de casos Covid na China e a decisão do BCE sobre as taxas de juro BCE na quinta-feira”, resume Tamas Varga, da corretora de petróleo da PVM, citada pela Reuters.

Desde o início da invasão da Rússia à Ucrânia, que os preços do petróleo têm estado sob alta volatilidade, tendo chegando a cotar acima dos 120 dólares por barril em março. Os receios relativos a uma recessão global, os constrangimentos na oferta, provocados pelo embargo ao petróleo russo, e outros fatores têm condicionado os preços em ambos os sentidos.

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