Agendas mobilizadoras vão ter “efeito trampolim” na economia. Veja os 18 novos projetos apoiados pelo PRR
Projetos "irão gerar 9.077 postos de trabalho, dos quais 6.230 altamente qualificados, com um investimento associado de 1,3 mil milhões de euros", indicou o Governo.
Foram assinados 18 novos contratos das Agendas Mobilizadoras e Agendas Verdes para a Inovação Empresarial este sábado de manhã, que serão assim cofinanciados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Incluem um projeto do consórcio liderado pela Bluepharma, bem como projetos que incluem a Nos, Navigator e DST.
Estes projetos “irão gerar 9.077 postos de trabalho, dos quais 6.230 altamente qualificados, com um investimento associado de 1,3 mil milhões de euros em áreas tão diversas como saúde, automóvel aeronáutica e espaço, economia do mar ou fabricação aditiva, entre outras”, segundo indica o Governo, em comunicado.
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“Este programa é um verdadeiro trampolim para a transformação da economia portuguesa”, disse o primeiro-ministro, na cerimónia, acrescentando que se teve “que mais do que triplicar a dotação para dar resposta à enorme mobilização que o tecido empresarial e o sistema científico tiveram para nos apresentarem um conjunto de projetos que significam um investimento de mais de 7 mil milhões de euros na economia portuguesa, entre 2022 e 2026″.
O projeto com maior investimento inicial é o do consórcio liderado pela Prio (492 milhões de euros), para a produção de biocombustíveis avançados à base de hidrogénio verde e matérias-primas residuais. No entanto, aquele que irá receber maiores ajudas, no valor de 137 milhões, é o New Space Portugal, um projeto liderado pela Geo Sat, para transformar o perfil de especialização do setor espacial português.
É de notar que neste processo “existem 10 oposições em audiência de interessados que se encontram em avaliação pelo júri, que deverá pronunciar-se em breve sobre as mesmas”, segundo indicou fonte oficial do IAPMEI ao ECO.
Com as novas agendas contratualizadas, ficam a faltar cerca de 20 projetos, estima o Governo. Estes são os 18 projetos assinados este sábado, noticiados pelo Expresso e confirmados pelo ECO:
- M-ECO 2: Um consórcio liderado pela Prio para a produção de biocombustíveis avançados à base de hidrogénio verde e matérias-primas residuais, que vai receber um apoio de 100 milhões de euros;
- BE.Neutral: Um consórcio liderado pela Nos Comunicações, que se foca em dispositivos e plataformas para quantificar as emissões evitadas. Vai beneficiar de um apoio de 129 milhões de euros.
- New Generation Storage: Este projeto é liderado pela DST Solar, para a cadeia de valor de produção de componentes, packs e reciclagem de baterias. Terá um incentivo de 111 milhões de euros;
- New Space Portugal: Um projeto liderado pela Geo Sat, para transformar o perfil de especialização do setor espacial português. O apoio será de 137 milhões de euros;
- R2UTechnologies: Projeto liderado pelo grupo DST, que tem em vista alterar o perfil produtivo do setor da construção modular. Terá quase 95 milhões de subsídios;
- PRODUTECH R3: Consório liderado pela Colep Packaging, quer capacitar a fileira das tecnologias de produção. Apoio será de quase 92 milhões de euros;
- GreenAuto: Este projeto da Stellantis Mangualde (Peugeot Citroën) tem em vista a produção de um novo veículo comercial ligeiro em Portugal com baterias. Terá mais de 31 milhões de euros de incentivo;
- Health from Portugal: Projeto liderado pela Prológica para a conceção, desenvolvimento e produção de soluções avançadas para os mercados da saúde. Subsídios ascendem a 68 milhões de euros;
- From Fossil to Forest: Liderado pela Navigator, visa desenvolver embalagens e produtos à base de celulose. Tem um investimento previsto de 119 milhões de euros;
- EcoCerâmica e Cristal de Portugal: Liderado pela Vista Alegre Atlantis, para maior competitividade nos setores da cerâmica e do cristal. Terá 45 milhões de euros de apoios;
- NEXUS: Consórcio com 24 empresas, lideradas pela APS – Administração dos Portos de Sines e do Algarve, que se foca em valorizar o setor logístico. Terá incentivo de 59 milhões de euros;
- INOV.AM: Erofio lidera consórcio com 69 empresas tendo em vista várias áreas de intervenção que incluem novos materiais e automação avançada, a, que beneficiará de apoios de 53 milhões;
- Smart Wagons: Projeto liderado pela Medway, que envolve seis empresas, para desenvolver “vagões inteligentes” para transporte de mercadorias por ferrovia. Terá apoios de 25 milhões de euros;
- FAIST: Projeto para inovação nos processos industriais, liderado pela Carite Calçados, num grupo de 39 empresas. O incentivo negociado é de 30 milhões;
- Accelerat.AI: A Defined Crowd lidera este projeto com 11 empresas que se foca na inteligência artificial em português e prevê criar 44 empregos. Subvenções serão de mais de 27 milhões de euros;
- CiNTech: Projeto liderado pela Bluepharma para a “criação e capacitação do primeiro Polo Tecnológico de Inovação, Translação e Industrialização dedicado a medicamentos injetáveis complexos”. Conta com um incentivo de quase 23 milhões;
- PT Smart Retail: Projeto liderado pela Senseidata, para modernizar o negócio do retalho. Terá quase 18 milhões de euros de incentivo;
- NEURASPACE: Projeto da empresa Neuraspace que se foca na gestão do tráfego no espaço, devido ao aumento de detritos espaciais. Conta com quase 15 milhões de euros de apoio.
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