Empresas antecipam aumento maior das exportações este ano à boleia do aumento de preços

Exportadoras portuguesas perspetivam aumento nominal de 15,6% nas exportações de bens este ano. Previsões são mais otimistas do que as feitas em novembro.

As empresas esperam agora uma subida maior do que a prevista para as exportações deste ano, com a ajuda do crescimento de preços. Segundo o Instituto Nacional de Estatística, as exportadoras perspetivam um acréscimo nominal de 15,6% nas exportações de bens neste ano, uma revisão em alta de 9,1 pontos percentuais (p.p.) face à estimativa de novembro.

A revisão reflete principalmente a atualização das expectativas para as exportações intra-UE, que sobe 10,1 p.p., para 16,1%, e extra-UE, que tem um aumento de 6,8 p.p., para 14,5%, explica o INE, esta sexta-feira.

O forte aumento de preços ajuda a explicar esta subida, para além de um aumento da quantidade. “A revisão das previsões de evolução das exportações em 2022 é consistente com a informação do Comércio Internacional de bens (para os primeiros meses do ano), que aponta, aliás, para uma variação nominal ainda mais acentuada (+25,1%), decorrente de um aumento de quantidade mas também, em grande medida, do forte crescimento de preços que se terá intensificado ao longo de 2021 e ampliado nos primeiros meses de 2022, mas sinalizam uma segunda parte do ano menos dinâmica”, justifica o INE.

Mesmo assim, tendo em conta a incerteza, as empresas avançam com “perspetivas mais conservadoras”, que “podem refletir uma atitude cautelosa sobre os desenvolvimentos do enquadramento internacional que poderão determinar nomeadamente uma contração súbita da procura”.

A maioria das empresas indica também como principal motivo para a revisão em alta da previsão de novembro de 2021 a melhoria no comportamento esperado na generalidade dos mercados de destino já clientes.

Vendo os dados por categorias, destacam-se os “aumentos esperados nas exportações de Fornecimentos industriais não especificados noutra categoria (+17,4%, correspondendo à maior revisão face à previsão efetuada em novembro, +12,4 p.p.) e de máquinas, outros bens de capital (exceto o material de transporte) e seus acessórios (+16,4%)”.

É também de sublinhar a evolução nos produtos alimentares e bebidas, que têm a segunda revisão mais significativa (+8,3 p.p.), depois da revisão para os países intra-UE (+10,9 p.p.) e para os países extra-UE (+3,8 p.p.).

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