Networkme fecha ronda de 1 milhão e já aponta mira à Alemanha e Brasil

Até ao final do ano, a startup portuguesa quer crescer 30% na equipa e atingir 80 mil utilizadores. No final de 2023, o objetivo é atingir os 300 mil utilizadores em Portugal e Espanha.

A portuguesa Networkme fechou uma ronda de um milhão de euros e, depois da entrada em Espanha, já aponta a mira a novos mercados. “O principal objetivo desta ronda de investimento é expandir e solidificar o negócio nos mercados onde já estamos presentes, Portugal e Espanha. Temos outros mercados em vista, como é o caso do britânico, alemão e brasileiro”, adianta Felipe Vieira, cofundador & CEO da Networkme, à Pessoas. Até ao final do ano, querem crescer 30% a equipa e atingir 80 mil utilizadores e, no final de 2023, atingir os 300 mil utilizadores.

Com esta nova ronda de investimento de um milhão – liderada pela Big Sur Ventures, com participação da Fundação Inovação Bankinter, e das gestoras de capital de risco Demium, Newzone e a Savvy Capital –, a startup nacional eleva para 1.250.000 euros o investimento levantado num momento de abrandamento do mercado de capitais.

“É verdade que tem havido um abrandamento das rondas, mas continuar a haver interesse em investir em negócios e tecnologias com futuro, embora a profundidade e o período de análise sejam ambos maiores. Estamos confiantes no papel que a Networkme desempenha na ligação de jovens estudantes do ensino superior e as empresas, ajudando os primeiros na definição das suas carreiras e, os segundos, a recrutarem o talento certo para as suas equipas”, refere Felipe Vieira.

O capital será injetado no projeto de expansão de mercados e equipa da startup. Os planos passam, a curto prazo, pela consolidação dos países onde já estão presentes: Portugal e Espanha, este último desde junho.

“Já temos algumas empresas parceiras no mercado espanhol, mas ainda numa fase inicial que não nos permite identificá-las. Estamos ativos no mercado e a começar a partir pedra no que diz respeito à notoriedade da plataforma junto dos estudantes do ensino superior em Espanha, assim como junto das empresas”, diz o gestor.

Reino Unido, Alemanha e Brasil na mira

Reino Unido, Alemanha e Brasil são outros mercados na mira da startup, mas sem ainda datas para uma potencial entrada.

“Nesta fase estamos focados num horizonte mais próximo, e na solidificação da nossa presença em Espanha, assim como na consolidação do nosso trabalho em Portugal. Inglaterra, Alemanha e Brasil são mercados que acompanhamos e para os quais olhamos como tendo muito potencial para a Networkme, e onde conseguimos marcar uma boa diferença na ligação entre os jovens e as empresas”, diz.

“Ainda não temos datas em vista e ter um escritório físico não é, nesta fase, obrigatório. Precisaremos de profissionais que conheçam bem o mercado, como temos, nesta fase, em Espanha”, reforça.

Estamos focados num horizonte mais próximo, e na solidificação da nossa presença em Espanha, assim como na consolidação do nosso trabalho em Portugal. Inglaterra, Alemanha e Brasil são mercados que acompanhamos e para os quais olhamos como tendo muito potencial para a Networkme, e onde conseguimos marcar uma boa diferença na ligação entre os jovens e as empresas.

Reforçar a equipa está nos planos da startup de modo a apoiar o plano de crescimento: “Queremos reforçar a nossa equipa assim como desenvolver novas atualizações e tecnologias para a plataforma, com o objetivo a de atingirmos a meta dos 80.000 utilizadores até ao final deste ano e 300.000 até final do próximo ano nos dois mercados“, precisa Felipe Vieira.

Neste momento, a empresa já conta com 30.000 jovens inscritos na plataforma. “E estamos prestes a arrancar com uma tour nacional por diferentes universidades e politécnicos, para apresentar os benefícios da Networkme para os jovens estudantes, da qual resultará também um aumento de inscritos utilizadores da nossa plataforma”, diz.

Fazer ponte com empresas e talento

A plataforma permite aos jovens, que procuram entrar no mercado de trabalho, participar em desafios e atividades que lhe seriam propostas no local de trabalho, ter sessões de mentoria com profissionais ou participar em eventos e workshops.

“Estes exercícios são criados com o apoio das próprias empresas nossas clientes, que podem utilizar estes dados como análise de performance num futuro processo de recrutamento. Desta forma, os nossos utilizadores conseguem perceber que tipo de funções poderão gostar ou não de desempenhar numa empresa, assim como uma empresa consegue avaliar de forma prática um futuro membro da sua equipa“, descreve o cofundador.

E também fazer a ponte com as empresas e o talento, num momento em que a escassez de talento é transversal a vários setores.

A escassez de talento é muitas vezes impulsionada também pela lacuna que se abre entre um profissional formado e os seus desejos profissionais. Quantas vezes não nos cruzamos com pessoas que trabalham em áreas totalmente distintas daquelas em que são formados?”, questiona.

“A nossa missão, na Networkme, é tentar ajudar a fechar essa lacuna, ajudando, por um lado, os jovens a direcionarem melhor os seus caminhos no ensino superior e, num segundo passo, no início das suas carreiras. Por outro lado, queremos ajudar as empresas a encontrarem este talento que teve um trabalho prévio na definição dos seus estudos e carreira, sendo por isso um profissional já mais orientado para as funções que irá desempenhar e que as empresas procuram”, diz.

Sonae, NOS, The Navigator Company, Natixis, Synopsys e El Corte Inglés são algumas das empresas com que a plataforma trabalha.

Crescer equipa 30%

Atualmente, a Networkme conta já com 20 colaboradores. “Mantemos a meta de ver a nossa equipa crescer mais de 30% até ao final do ano”, diz. Ou seja, para 30.

“Continuamos empenhados em recrutar e procuramos profissionais de diferentes áreas, estando neste momento mais focados na contratação de talento nas áreas da tecnologia – desenvolvimento e programação – mas também na área financeira. As vagas são para trabalho híbrido e, para já, dedicadas aos mercados de Portugal e Espanha.”

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