Saúde mental. Fundação José Neves cria guia para empresas e outro para famílias e professores

Os guias, um destinado às empresas e outro aos pais, famílias e professores, surgem para assinalar o Dia Mundial da Saúde Mental, que se celebra a 10 de outubro.

A Fundação José Neves (JFN) criou, em parceria com a Escola de Medicina da Universidade do Minho e com o patrocínio científico da Coordenação Nacional de Saúde Mental do Ministério da Saúde, dois guias para ajudar empresas, pais e professores na definição de políticas e estratégias que garantam o bem-estar e saúde mental dos colaboradores e jovens. Os dois Guias FJN assinalam o Dia Mundial da Saúde Mental, que se celebra a 10 de outubro. Estima-se que, na Europa, a falta de saúde mental tenha um custo anual de cerca de 240 mil milhões de euros.

“Queremos chegar a cada vez mais portugueses. Fazemo-lo através da app 29k FJN e de conteúdos práticos que impactem os diversos setores da sociedade, nomeadamente as famílias, os adultos e os jovens, as escolas, os professores e os encarregados de educação, as empresas e os gestores, mas também os agentes decisores nacionais. Há um longo caminho a percorrer para incluir nas dinâmicas sociais uma cultura que identifique e atue perante situações de perigo e que promova permanentemente a saúde mental e o bem-estar. Cuidar da nossa mente é tão importante como cuidarmos da nossa saúde física”, afirma Carlos Oliveira, presidente executivo da FJN, em comunicado.

Investir na saúde mental tem retorno

“Guia para empresas: como promover o bem-estar e saúde mental dos trabalhadores?” destina-se a todas as empresas e gestores que queiram melhorar a sua atividade e garantir o bem-estar e a saúde mental dos seus colaboradores. E revela que investir na saúde mental dos trabalhadores pode ter um significativo retorno económico. É que, só na Europa, a falta de saúde mental custa anualmente cerca de 240 mil milhões de euros.

De acordo com o guia, os trabalhadores passam cerca de 12 dias por ano no trabalho sem conseguirem ser produtivos, que os portugueses trabalham mais horas do que a maioria dos europeus, mas também que cerca de 70% das pessoas com problemas de saúde mental recuperam totalmente.

Ambientes de trabalho pouco saudáveis e estimulantes e geradores de stress continuam a ser uma realidade persistente nas empresas o que, consequentemente, diminui a produtividade dos trabalhadores e compromete o sucesso das empresas.

FJN

“Não há sucesso empresarial sem saúde mental e bem-estar dos trabalhadores. O maior valor das empresas é o capital humano e as pessoas que aí trabalham. Ambientes de trabalho pouco saudáveis e estimulantes e geradores de stress continuam a ser uma realidade persistente nas empresas o que, consequentemente, diminui a produtividade dos trabalhadores e compromete o sucesso das empresas”, explica a FJN.

O documento dá alguns exemplos de empresas que podem motivar e inspirar o processo de mudança (como é o caso da Accenture, Bial, EDP, Farfetch, Galp e REN) e oferece recomendações e dicas para promover a saúde mental dos trabalhadores. O “Guia para empresas: como promover o bem-estar e saúde mental dos trabalhadores?” está disponível para consulta no portal da FJN através deste link.

Atuar para melhorar a saúde mental dos jovens

Um segundo guia — “Guia para pais e professores: como investir na saúde mental e no bem-estar dos jovens” — está mais focado nos pais, famílias e professores, e disponibiliza recomendações para este público-alvo, assim como estratégias e recursos para que estes possam ajudar, bem como exemplos práticos para atuar de uma forma global ou, por exemplo, nos casos em que os jovens apresentem sintomas de ansiedade ou de depressão, ou mesmo perturbações de comportamento alimentar.

“A adolescência é um período repleto de desafios e riscos para a saúde mental. Dados demonstram que um em cada sete jovens entre os dez e os 19 anos sofre de perturbações mentais e que o suicídio é a quarta principal causa de morte em adolescentes dos 15 aos 19 anos. E ainda que as perturbações emocionais e as alimentares são as mais prevalentes na adolescência e que 50% das perturbações diagnosticadas nos adultos surgem na adolescência”, refere a Fundação José Neves.

“Mas a adolescência é também um mundo de oportunidades e de desafios para os adultos de amanhã. E os adultos de hoje têm um papel preponderante para alertar e promover para a importância de investir no bem-estar e na saúde mental dos jovens.”

O “Guia para pais e professores: como investir na saúde mental e no bem-estar dos jovens?” está disponível para consulta no portal da FJN através deste link.

A FJN tem já disponível também o “Guia de Desenvolvimento pessoal: como investires no teu bem-estar?”, dirigido tanto aos portugueses que já cuidam do seu bem-estar e saúde mental como aos que nunca pensaram no assunto. Este guia apoia os portugueses na promoção da sua saúde mental através de um conjunto de exercícios e estratégias que visam ajudar as pessoas a lidar com as suas emoções de uma forma saudável.

Além dos guias, a FJN lança também dois novos desafios na aplicação de desenvolvimento pessoal 29k FJN, que já conta com mais de 37 mil utilizadores registados em Portugal e disponibiliza 14 cursos — três deles direcionados a jovens entre os 15 e os 20 anos –, 22 meditações, 25 exercícios, três testes, seis check-in e, agora, três desafios, sendo que dois são lançados no dia 10.

O desafio “Encontra os teus valores” tem a duração de dez dias e promove uma exploração do mundo interior e a forma de identificar e aplicar os valores de forma a dar o máximo propósito a cada um dos dias. Por sua vez, “Lidar com emoções difíceis” é o desafio 29k FJN para aprender estratégias para melhorar a capacidade de lidar com emoções difíceis.

A aplicação 29k FJN está disponível para iOS e Android e pode ser descarregada aqui.

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