Investimento em tecnológicas no terceiro trimestre em mínimos da pandemia

Entre julho e setembro, startups e tecnológicas levantaram investimento de 76,71 mil milhões de euros, montante mais baixo desde o segundo trimestre de 2020.

Os efeitos do arrefecimento do mercado de capitais chegaram às startups e às tecnológicas de todo o mundo. No terceiro trimestre deste ano, o investimento neste tipo de companhias registou o nível mais baixo desde a chegada da Covid-19. A situação é mais impactante nos Estados Unidos do que na Europa.

A nível global, foram levantados investimentos de 74,5 mil milhões de dólares (76,71 milhões de euros), menos 34% do que no trimestre anterior. Na variação em cadeia, foi a maior descida numa década. Se compararmos com o mesmo trimestre de 2021, o tombo é de 54,6%, segundo os dados da consultora CB Insights.

Variação do montante investimento (em dólares) em startups e tecnológicas (em barra) e número de rondas de financiamento (em linha)

Também o número de novos unicórnios caiu a pique: houve 25 tecnológicas que passaram a estar avaliadas em pelo menos mil milhões de dólares, o menor número desde o primeiro trimestre de 2020.

As tecnológicas dos Estados Unidos foram responsáveis por quase metade (49%) do investimento levantado, com 36,7 mil milhões de dólares. No entanto, o valor arrecadado foi o mais baixo desde o segundo trimestre de 2020 (32,6 mil milhões de dólares).

Na Europa, a contração no investimento foi menos expressiva, com o montante levantado a atingir os 14,8 mil milhões de dólares, o mais baixo desde o último trimestre de 2020 (11,6 mil milhões de dólares). O Velho Continente ficou com cerca de um quinto de todo o capital levantado a nível mundial entre julho e setembro.

O continente asiático arrecadou um total de 20,1 mil milhões de dólares de investimento, o montante mais baixo desde o segundo trimestre de 2020 (16,4 mil milhões de dólares).

O estudo da CB Insights não apresenta dados para Portugal. No entanto, foram registados 134 milhões de euros em rondas de investimento para startups registadas em Portugal ou com fundadores lusitanos. O desempenho entre julho e setembro foi 71% inferior ao do trimestre anterior (474 milhões de euros) mas foi melhor do que no primeiro trimestre deste ano (128 milhões de euros).

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