Portuguesa Didimo recebe mais de 7 milhões de investimento e contrata em 2023

Tecnológica fundada em 2016 no Porto consegue criar gémeos digitais de alta fidelidade em menos de um minuto. Em 2023 pretende contratar pelo menos 10 novos elementos.

A tecnológica portuguesa Didimo recebeu 7,15 milhões de dólares (7,34 milhões de euros) na sua série A de investimento. A startup do Porto, que cria gémeos digitais que podem ser usados no metaverso ou videojogos em menos de um minuto, vai acelerar o crescimento comercial e contratar, pelo menos, 10 novos elementos no próximo ano, elevando para 35 o número de colaboradores.

A injeção de capital foi liderada pela Armilar Venture Partners, contando com a participação das sociedades de capital de risco Bright Pixel Capital, Portugal Ventures e Techstars. Antes da série A, a Didimo já tinha arrecadado 8,8 milhões de dólares (cerca de 9 milhões de euros) junto dos investidores, refere a base de dados Crunchbase.

“Os principais objetivos da série A são constituir uma equipa comercial e desenvolver a tecnologia necessária para o crescimento do nosso produto para mais setores. Pretendemos adquirir clientes novos e estabelecer parcerias com grandes/médias empresas na área do entretenimento, moda e metaverso”, salienta ao ECO/Pessoas a fundadora e presidente executiva da Didimo, Veronica Orvalho.

O investimento foi levantado numa altura de menor liquidez do mercado financeiro. Veronica Orvalho reconhece que “conseguir esta ronda de investimento neste momento é um privilégio“.

A injeção de capital também vai servir para aumentar a equipa, atualmente com 24 pessoas. “Ao longo do próximo ano, esperamos crescer a equipa para 35 trabalhadores — algo que nos vai permitir trazer ainda mais dedicação à nossa missão.”

Apesar de contar com um escritório no Porto, a equipa da Didimo está espalhada pelo mundo, em países como Reino Unido e República Dominicana. “O escritório físico é um ótimo lugar para a equipa se reunir, adiantar trabalho e pensar em futuras implementações. Uma vez que construímos um produto que ajuda as pessoas a envolverem-se a partir de qualquer lugar, implantamos este pensamento também no nosso dia-a-dia profissional.

Gémeos para outras realidades

Criados a partir de um ser humano, os gémeos digitais da Didimo podem ser usados no metaverso, videojogos e experiências digitais imersivas, como concertos virtuais ou experimentar roupa em lojas digitais.

“Por exemplo, no caso de uma marca de roupa que pode proporcionar uma experiência de loja 100% digital ou mesmo do ponto de vista da educação, onde os professores podem lecionar aulas num mundo virtual. É uma identidade digital que não será a única no metaverso, mas será uma extensão de quem nós somos”, nota a líder da tecnológica.

A transformação de rostos a duas dimensões em versões digitais a três dimensões já conquistou empresas como a NOS, Sony, Atom Stars e a Soleil Game Studios, assinala Veronica Orvalho.

A questão das deep fakes também preocupa a missão da Didimo. Para evitar a criação deste tipo de vídeos, “não guardamos as fotografias

A Didimo também está cada vez mais preocupada com as questões éticas, tendo em conta que a tecnologia pode ser usada para fins maliciosos. “Nos nossos termos e condições explicamos que a nossa solução não pode ser usada de forma errada. Recusamos projetos que não sigam as práticas corretas.”

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