Vice-presidente do BCE admite recessão técnica na Zona Euro e pico da inflação no fim do ano

  • ECO
  • 17 Outubro 2022

Luis de Guindos sugere que Zona Euro tem maior probabilidade de caminhar para uma recessão técnica, ainda que não muito profunda, e alerta para pico da inflação no final do ano.

O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, sugeriu que a instituição em dezembro, vai rever em baixa as suas previsões de modo a refletir um cenário marcado por uma aceleração da inflação e uma deterioração económica. Uma eventual recessão técnica passou a estr em cima da mesa, embora não muito profunda.

Luis de Guindos alertou para uma situação de recessão técnica na Zona Euro, à medida que as previsões mais pessimistas do BCE se concretizam, um cenário que tinha sido afastado pela instituição nas previsões de setembro. Num discurso na conferência do 20.º aniversário do euro, organizado pelo Conselho Geral de Economistas de Madrid, acompanhado esta segunda-feira peloo Cínco Dias (acesso livre e conteúdo em espanhol), o responsável afirmou que todas as previsões “vão na mesma direção, de menor crescimento e maior inflação nos próximos trimestres”, embora ressalve que uma eventual recessão técnica não será muito profunda.

Em setembro, o BCE rejeitou que a Zona Euro estivesse a caminho de uma recessão no próximo ano, embora tenha admitido a possibilidade de uma contração no PIB de 0,9% em 2023, no cenário mais negativo em que o choque energético fosse mais grave. Luis de Guindos admite agora uma maior probabilidade de este cenário se concretizar e refere ainda que a inflação está cada vez mais generalizada, devendo atingir o pico no final do ano.

Neste sentido, o vice-presidente do BCE destacou que a instituição vai continuar a aumentar as taxas de juro, embora não se comprometa com o valor exato, explicando que a subida irá depender dos indicadores económicos. Adicionalmente, Luis de Guindos salientou que a política orçamental não deve entrar em colisão com a política monetária na Zona Euro e defendeu uma redução “prudente e gradual” do endividamento público. “O rácio de 60% de dívida em relação ao PIB não tem utilidade e vai mudar”, esclareceu.

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