Lucros da EDP sobem 1% para 518 milhões até setembro. Mas em Portugal teve prejuízos

Seca extrema em Portugal e os elevados preços de eletricidade no mercado grossista da eletricidade ibérico contribuíram para que a EDP perdesse 181 milhões no país até setembro.

Os lucros do grupo Energias de Portugal (EDP) aumentaram 1% nos primeiros nove meses do ano, situando-se nos 518 milhões de euros, suportado pelo desempenho das renováveis na Europa e das redes no Brasil, revelam nos resultados enviados esta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). No entanto, em Portugal o cenário foi diferente e a empresa liderada por Miguel Stilwell registou prejuízos de 181 milhões de euros até setembro.

“A seca extrema (produção hídrica 63% abaixo do esperado) conjugada com os elevados preços de eletricidade no mercado grossista Ibérico neste período (186 euros/MWh +137%), foram o principal contributo para o resultado líquido negativo em Portugal de 181 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2022“, lê-se no comunicado.

Além dos prejuízos, também a dívida líquida aumentou da EDP até o final de setembro ascendia a cerca de 15,3 mil milhões de euros, mais 32%. Isto reflete “principalmente a aceleração do investimento, sobretudo em renováveis e redes de eletricidade, tal como definido no plano estratégico 2021-2025, e a apreciação do real brasileiro e do dólar americano”.

Olhando para o EBITDA recorrente (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização recorrente), este aumentou 21% para 3.046 milhões de euros nos primeiros nove meses do mês, mas se forem excluídas as variações cambiais, o crescimento foi de 15% “com forte contributo do crescimento na EDP Renováveis e nas redes de eletricidade no Brasil”, revela o documento.

Já o investimento bruto, este duplicou para 5,5 mil milhões de euros até setembro, dos quais 96% foram em energias renováveis e redes de eletricidade, que, segundo a EDP, contribuíram “para a transição energética”.

Notícia atualizada às 18h19 com mais informações.

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