Gomes Cravinho admite novo pacote de sanções à Rússia

Gomes Cravinho adiantou que o novo pacote de sanções à Rússia poderá abranger "mais indivíduos e mais entidades, incluído sanções bancárias sobre algumas entidades que ainda estão no SWIFT".

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, adiantou que um novo pacote de sanções à Rússia foi um dos temas discutidos na reunião desta segunda-feira dos chefes de diplomacia europeia, sinalizando que poderá abranger “mais indivíduos e entidades”.

“Vários países falaram da possibilidade de desenvolvermos um novo de pacote de sanções à Rússia”, afirmou João Gomes Cravinho, à saída de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE), em declarações transmitidas pela RTP3. Lembrando que a UE já avançou com oito pacotes, o ministro acredita que “haverá um nono”, mas sublinha, no entanto, “esse pacote ainda não cristalizou”, dado que “ainda estão a ser discutidas as modalidades que podem fazer parte desse pacote”.

Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros português, este novo pacote poderá abranger “mais indivíduos e mais entidades, incluído sanções bancárias sobre algumas entidades que ainda estão no SWIFT”. Questionado sobre se poderão também ser aplicadas sanções aos diamantes, Gomes Cravinho disse que esses bens “não têm sido objeto de discussão”.

O governante reiterou assim que “há margem para mais sanções” à Rússia, mas sublinha que há também uma “preocupação em relação ao impacto que a guerra tem sobre a economia mundial”, nomeadamente no que concerne à tentativa de Putin “de instrumentalizar o escoamento de cereais e fertilizantes” no Mar Negro.

Gomes Cravinho destacou ainda que a vitória ucraniana em Kerson “dá muito alento sobre as perspetivas mais positivas sobre o caminho da guerra“, mas sublinha que “será a Ucrânia a decidir quando será o momento certo para negociar com a Rússia”.

Já sobre o Irão, o ministro dos Negócios Estrangeiros diz que para já “não há provas” do fornecimentos de mísseis do Irão à Rússia, ao passo que no que toca aos drones há “provas perfeitamente cabais”. “No início negou ter fornecido (…), agora [o Irão] diz que só forneceu drones antes da guerra, [mas] temos fortes razões para duvidar da palavra das autoridades iranianas”, conclui.

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