Ranking: 30 maiores seguradoras da Europa aumentaram lucros em 75%

  • ECO Seguros
  • 18 Dezembro 2022

As maiores companhias da Europa em seguros Não Vida aumentaram o seu negócio 11% no primeiro ano pós-pandemia. Allianz, AXA e Lloyd’s continuam na frente. Veja o ranking das 30 maiores.

As maiores seguradoras europeias dos ramos Não Vida, com destaque para seguros de saúde, automóvel, propriedade e acidentes, tiveram um bom primeiro ano pós pandemia, revela o estudo anual da A.M. Best, empresa especializada de rating segurador, agora publicado. Os 30 maiores grupos na Europa cresceram os prémios emitidos para 466 mil milhões de euros, mais 11% em 2021 face a 2020, mas essencialmente cresceram os lucros para 57,1 mil milhões de euros, beneficiando dos confinamentos totais ou parciais e da consequente diminuição da sinistralidade.

Os cinco primeiros da Europa, que são também protagonistas no ranking mundial a par com companhias americanas, chinesas, japonesas e coreanas, somam quase metade dos prémios emitidos pelas 30 maiores. A alemã Allianz, a francesa AXA, a britânica Lloyd’s, e as suíças Chubb e Zurich situam-se entre os 60 mil milhões e os 35 mil milhões de euros de negócios.

Do ponto de vista dos lucros, notou-se a maior diferença em relação ao pleno da pandemia, um crescimento de lucros em 75% que não se deu pela Allianz, a líder estagnou em resultados, mas já a AXA mais que duplicou lucros e a Lloyd’s, depois de um ano pandémico de prejuízos, de quase mil milhões, voltou aos lucros em 2021 com 2,7 mil milhões de euros de resultados positivos.

Em relação a Portugal, verifica-se que todo o setor Não Vida faturou 5,6 mil milhões de euros em 2021 o que daria um 22º lugar no ranking empresarial. A Fidelidade, enquanto grupo líder do mercado nacional, emitiu prémios de 1,5 mil milhões de euros em seguros Não Vida, um pouco menos de metade da Baloise, a suíça que encerra o ranking de 30.

O peso da Ageas Portugal na sua casa-mãe belga Ageas SA/NV é significativo. O grupo que usa as marcas Ocidental, Ageas Seguros e Médis faturou, em Portugal, 2,2 milhões de euros, quase metade do negócio europeu de 2021. Entre as 30 maiores companhias europeias, Allianz, Zurich, Generali (Tranquilidade), Mapfre, Crédit Agricole Assurances (Mudum) e Ageas têm interesses diretos em Portugal. A AXA saiu em 2016 cedendo o negócio à Ageas e a Groupama abandonou Portugal em 2018 dando lugar à UNA.

As top 30 refletem as dimensões dos mercados e alguns as suas idiossincrasias – diz a A.M.Best com uma visão do mercado a partir dos Estados Unidos – seis têm sede na Alemanha e outras tantas em França. Do Reino Unido e Suíça estão quatro, três são espanholas, duas são italianas ou dos Países Baixos e com uma fazem-se representar Áustria, Bélgica e Finlândia. Quase todas são “campeãs nacionais” ou, obviamente, estão nos lugares cimeiros nos seus mercados domésticos.

As 14 primeiras no top 2021 mantiveram os lugares de 2020, mas, a partir daí, já há mudanças relevantes. A Sampo subiu 3 lugares para 15º, devido à compra da seguradora digital Hastings, a francesa Aéma subiu 5 lugares para 18º, resultado da fusão entre a Macif e a Aésio, que levou à mudança de nome. A suíça Helvetia subiu para 19º após a compra da espanhola Caser.

Em saídas de ranking notou-se a baixa da NN e da Direct Line e a entrada da Beazley, que também beneficiou do câmbio euro-dólar e a alemã Provinzial, que pela primeira vez consolidou negócios após aquisições.

Em relação à solvabilidade, a média aritmética reflete uma melhoria do principal rácio SCR de 226% para 230% em um ano. A A.M.Best, como agência de rating, qualifica os resultados de forma positiva: “nenhuma tem SCR abaixo dos 150% e 75% das 24, que apresentam este rácio, estão acima dos 200%, ilustrando uma forte solvência da indústria seguradora europeia”, conclui.

Veja o ranking 2021 e o valor de rácio SCR das 30 maiores da Europa:

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