Decathlon aumenta salário de entrada para 900 euros

A Decathlon decidiu aumentar para 900 euros o salário base de mínimo de todos os colaboradores efetivos já a partir de janeiro do próximo ano, valor a que, somado o subsídio de refeição, se eleva para 1.040 euros/brutos. A cadeia vai ainda rever em cerca de 9% os valores de entrada para funções de liderança intermédia. A Decathlon tem 2.000 colaboradores em Portugal.

“Acreditamos que este conjunto de decisões estão totalmente alinhadas com os valores humanos da Decathlon e ajudam a comprovar a importância central que atribuímos aos nossos colaboradores e ao seu bem-estar”, diz José Fonseca, diretor geral da Decathlon Portugal, citado em comunicado.

A cadeia desportiva aumentou o salário mínimo base para 900 euros/brutos, valor que sobe para 1.040 euros com o subsídio de refeição. A este montante poderá somar-se “os prémios mensais de performance (0% a 20% do salário base), fazendo com que o valor mensal mínimo atinja os 1.220€. A este valor ainda será possível acrescentar diuturnidades e duodécimos de subsídios de férias e Natal“, enumera a empresa.

“O talento das nossas equipas é o capital mais valioso que temos, é nossa responsabilidade protegê-lo, desenvolvê-lo e criar condições para que se manifeste na sua plenitude”, diz João Manuel Rodrigues, diretor de recursos humanos da Decathlon Portugal, citado em comunicado.

Depois da Ikea — que decidiu aumentar para 1.000 euros em 2023 o salário de entrada –, do Lidl — vai aumentar em 10% o salário de entrada dos operadores de loja e entreposto que, já a partir de janeiro do próximo ano, passam a ganhar 820 euros brutos — e da Mercadona — cadeia vai aumentar em 11% o salário de entrada dos trabalhadores que vão receber, no mínimo, 1.034 euros brutos mensais — é a mais recente cadeia de retalho a anunciar aumentos para 2023, ano que se avizinha igualmente de forte pressão inflacionista nos rendimentos.

Já em 2022 a companhia tinha aumentado 14% do subsídio de refeição diário, tendo ainda efetuado um aumento generalizado de 3% a todos os colaboradores efetivos com período experimental validado e salário base igual ou inferior a 2.000 euros”, tendo ainda dado a “possibilidade de receber metade do prémio anual de Partilha de resultados em retribuição imediata (cerca de 5% da remuneração bruta anual de cada colaborador)” e, ainda, de poder fazer o “resgate não condicionado de até 5.000 euros de ações Decathlon detidas pelo colaborador.”

Este ano, a Decathlon distribuiu dois salários extra — um total de 1,9 milhões de euros, “o valor mais alto de sempre” — em prémio, montante que representa 10% do rendimento anual de cada colaborador.

Seguro de saúde, seguro de vida, serviço de bem-estar psicológico, modelo de trabalho híbrido para as funções que o permitem, majoração de férias, partilha anual de resultados, possibilidade de cada colaborador ser acionista da empresa, kit parentalidade, entre outros benefícios.