Plano de Poupança de Energia permite cortar 11,5% no consumo de gás entre agosto e novembro

Plano de Poupança de Energia permitiu um corte de 11,5% no consumo de gás nos primeiros três meses de monitorização. Em novembro, a redução foi de 5,7%, revela Adene.

Portugal conseguiu reduzir em 11,5% o consumo global de gás, entre agosto e novembro de 2022, comparativamente à média do período homólogo dos últimos cinco anos. Com esta redução, o país encontrava-se a 118,7% do cumprimento da meta estabelecida no Plano de Poupança de Energia (PPE) até final de 2022, que prevê um corte de 5% no consumo de gás global em Portugal, acima dos 7% definidos como meta a nível comunitário.

O consumo convencional, isto é, o consumo dos setores da indústria, residencial e serviços, incluindo administração pública, foi o principal impulsionador deste corte, tendo sido registada uma redução de 22,1% neste setor.

Já no consumo derivado da produção de energia através das centrais termoelétricas, ou as centrais de ciclo combinado, foi verificado um aumento de 2,8%, revela o relatório do Plano de Poupança de Energia (PPE), divulgado esta segunda-feira pela Agência para a Energia (Adene).

Recorde-se que, de forma a garantir que o bloco europeu tinha reservas de gás suficientes para o inverno de 2022-2023, a Comissão Europeia propôs que os 27 Estados-membros reduzissem de forma voluntária o consumo de gás em 15%, entre 1 de agosto de 31 de março de 2023, em comparação com o consumo médio no mesmo período dos últimos cinco anos. Para Portugal, a meta definida foi de 7%, tendo em conta a situação excecional do país de ter poucas interconexões energéticas com o resto da União Europeia.

Olhando para o mês de novembro, verifica-se que houve uma redução no consumo global de gás de 5,7%, ou 29 milhões de metros cúbicos (mcm), face ao mesmo período dos últimos cinco anos, para um total de 475 mcm. “Este decréscimo fez-se sentir fortemente na vertente de consumo convencional”, informa a agência liderada por Nelson Lage, com uma redução de 17,9%, ao passo que na componente de produção de energia através das centrais termoelétricas se verificou um aumento de 13,1%.

Ainda no âmbito do PPE informa-se que entre agosto e novembro, a adição de potência instalada por tecnologia fotovoltaica na Rede Nacional de Transporte (RNT) esteve a 3,8% da meta prevista para 2022, enquanto as medidas implementadas no âmbito dos avisos do Plano de Recuperação e Resiliência se encontram a 76,5% da meta traçada até ao final do ano 2022.

O PPE apresentado por Portugal também prevê que sejam realizadas ações de formação e capacitação na administração pública e campanhas de sensibilização. Nesse sentido, a Adene revela que, entre setembro e novembro de 2022, foram já realizadas 16 ações, abrangendo aproximadamente 335 pessoas, e concretizadas 61 campanhas de comunicação e sensibilização para diferentes públicos-alvo, abrangendo um número superior a 11.819 pessoas.

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