Goldman Sachs volta a rever em alta crescimento da Zona Euro

Os analistas do banco norte-americano colocam o PIB da Zona Euro a crescer 0,7% este ano e antecipam ainda uma queda a pique da inflação, que culminará numa taxa de 3,25% no quarto trimestre.

O Goldman Sachs abandonou definitivamente um cenário de recessão na Zona Euro e voltou a rever em alta as suas previsões de crescimento para o PIB da área da moeda única para este ano.

Depois de em janeiro ter revisto em alta as suas previsões, em que colocava a Zona Euro a crescer 0,6%, esta quinta-feira voltou a fazê-lo, antecipando agora um crescimento de 0,7% do PIB da Zona Euro este ano, ficando acima de uma taxa de crescimento média de 0,1% do consenso das previsões dos analistas recolhidos pela Bloomberg.

“Esperamos uma procura externa mais forte e preços do gás mais baixos nos próximos meses que vão apoiar o crescimento da Zona Euro”, referem os analistas do Goldman Sachs numa nota enviada esta quinta-feira aos clientes do banco, sublinhando ainda que “a reabertura da China irá aumentar o PIB da zona euro em cerca de 0,2% durante os próximos quatro trimestres.

GS Zona Euro 2023

A equipa de analistas, liderada por Sven Jari Stehn, prevê ainda que a taxa de inflação se mantenha elevada em janeiro e fevereiro “por fatores técnicos”, mas depois “terá um rápido declínio até aos 5,5% a meio do ano e 3,25% no quarto trimestre do ano”. Os últimos dados do Eurostat apontam para uma taxa de inflação homóloga média em dezembro no espaço do euro de 9,2%.

Apesar desta visão para a evolução dos preços, os analistas do Goldman Sachs anteveem uma subida de 50 pontos base nas taxas diretoras do BCE na reunião do Comité de Política Monetária que terá lugar na próxima semana.

“Além disso, mantemos a nossa previsão de base para uma terceira subida de 50 pontos base [nas taxa de juro] em março e uma taxa terminal de 3,25% em maio”, referem os analistas na nota enviada aos seus clientes. “Embora ainda seja possível um abrandamento em março se a inflação arrefecer mais rapidamente, vemos uma subida mais baixa de 25 pontos base em junho, se as pressões subjacentes sobre os preços se revelarem mais persistentes do que o previsto”.

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